ATA DA CENTÉSIMA QUADRAGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA
PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA LEGISLATURA, EM 0815-129-1989.
Aos oito dias do mês de dezembro do ano de mil novecentos e
oitenta e nove, reuniu-se, na Sala de Sessões do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Centésima
Quadragésima Quinta Sessão Ordinária da Primeira Sessão Legislativa Ordinária
da Décima Legislatura. Às nove horas e quarenta e cinco minutos,
foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adroaldo
Correêa,
Airton
Ferronato, Artur Zanella, Clóvis Brum, Cyro Martini, Décio Schauren, Dilamar
Machado, Edi Morelli, Ervino Besson, Elói Guimarães, Flávio Koutzizi, Gert Schinke,
Giovani Gregol, Isaac Ainhorn, Jaques Machado, João Dib, José Alvarenga, José
Valdir, Lauro Hagemann, Leão de Medeiros, Letícia Arruda, Luiz Braz, Luiz
Machado, Mano José, Nelson Castan, Valdir Fraga, Vicente Dutra, Vieira da
Cunha, Wilson Santos e Wilton Araújo. Constatada a existência de “quorum”, o Sr.
Presidente declarou abertos os trabalhos e solicitou ao Ver. Wilson Santos que
procedesse à leitura de trecho da Bíblia. A seguir, o Sr. Secretário procedeu àa leitura das
Ata Declaratória da Centésima Quadragésima Quarta Sessão Ordinária, e da
Ata da Centésima Quadragésima Terceira
Sessão Ordinária e da Ata da Qüinquagésima
Oitava Sessão Solene, as quais foram aprovadas. À MESA foram
encaminhados: pelo Ver. Antonio Hohlfeldt, 03 Pedidos de Providências; 01
Pedido de Informações; pelo Ver. Artur Zanella, 01 Projeto de Lei do
Legislativo nº 101/89 (pProc.
nº 1221/89); pelo Ver. Cyro Martini, 01 Pedido de Providências; pelo Ver. Edi
Morelli, 01 Pedido de Providências; pelo Ver. Ervino Besson, 03 Pedidos de
Informações; pelo Ver. Giovani Gregol, 01 Projeto de Lei do Legislativo nº
192/89 (pProc.
nº 3206/89); pelo Ver. Isaac Ainhorn, 01 Pedido de Providências; 01 Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 11/89 (pProc. nº 2699/89); pelo Ver. Leão de
Medeiros, 01 Pedido de Providências; pela Verª Letícia Arruda, 18 Pedidos de
Providências; pelo Ver. Luiz Machado, 01 Pedidos de Providências; pelo Ver.
Mano José, 02 Pedidos de Providências; pelo Ver. Omar Ferri, 01 Pedido de
Informaçõesão;
pelo Ver. Wilton Araújo, 01 Pedido de Providências; Ainda, foi apregoado ao Pprojeto de Lei Complementar do
Executivo nº 18/89 (pProc. nº 3243/89. Do EXPEDIETNTE constaram: Ofícios nos 939/89; 940; 941; 942; 943; 944; 945;
946; 947; 949/89, do Sr. Prefeito Municipal; 351/89, do Líder do PFL na
Assembléia Legislativa do Estado. A seguir, foram aprovados Requerimento dos
Vereadores Antonio Hohlfeldt e João Motta, solicitando Llicença para Tratar de Interesse
Particulares, no dia de hoje. Em prosseguimento, o Sr. Presidente declarou
empossados na Vereança os Suplentes Heriberto Back, em substituição ao Ver.
Antonio Hohlfeldt, e Antonio Losada, em substituição ao Ver. João Motta. Ainda,
informando que S. Exas já prestaram compromisso
legal nesta Legislatura, ficando dispensados de fazê-lo, comunicou-lhes que
passariam a integrar, respectivamente, as Comissões de Urbanização, Transporte
e Habitação e de Justiça e Redação. Às dez horas e um minutos, foram suspensos
os trabalhos, nos termos do art. 84, III do Regimento Interno, sendo reaberto
às dez e doze minutos. Após,
foi aprovado Requerimento verbal do Ver. Isaac Ainhorn, solicitando alteração
na ordem dos trabalhos, com a inversão dos períodos de Pauta e de Ordem do Dia. A seguir, foi aprovado
Requerimento do Ver. Nelson Castan, de Moção de Apoio junto ao BRDE, na defesa
da preservação daquela instituição, após ter sido encaminhado à votação pelos
Vereadores Nelson Castan, João Dib, Clóvis Brum, Wilson Santos, Antonio Losada,
Lauro Hagemann e Luiz Braz, tendo sido votado antes da Ordem do Dia por
solicitação do Ver. Artur Zanella, com a concordância dos presentes. Em
continuidade, foi apregoado o Ofício nº 958/89, do Sr. Prefeito Municipal. Em
PAUTA, Discussão Ppreliminar,
estiveram em 1º Sessão, os Projetos de Lei do Executivo nos 102; 104; 95; 96; 97; 987; 99/89; os Projetos de Lei do
Legislativo nos 170; 181; 183; 185; 186;
189; os Projetos de Resolução nos 41; 43/89; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 175; 176; 177/89; os Projetos de Resolução nos 37; 38/89; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei
do Legislativo nos 169/89; 179/89. Em
COMUNICAÇÃODE LÍDíDER,
o Ver. Edi Morelli comentou reunião realizada pelo Executivo Municipal com a
comunidade, acerca dos projetos de reforma tributária encaminhados à Casa, na qual este
Legislativo teria sido acusado de corrupção. Destacou que, em contato mantido
com o Vice-Prefeito Tarso Genro, lhe foi garantida a demissão dos funcionários
responsáveis por tais acusações. Solicitou providências a esse respeito. O Ver.
João Dib disse ter encaminhado solicitação à Presidência da Casa para que não
sejam mais enviados jornais ao seu gabinete. Discorreu sobre os direitos
conseguidos pelas pensionistas do Montepio, criticando o tratamento que as
mesmas vêem
recebendo do Executivo Municipal. Reportou-se à denúncia feita pelo Ver. Edi
Morelli, de que esta Casa teria sido acusada de corrupção, destacando a
necessidade de tomada de medidas imediatas contra tais acusações. O Ver. Clóvis
Brum, falando sobre a denúncia do Ver. Edi Morelli, de que
funcionários da SMAM teriam acusado este Legislativo de corrupção, no referente
à votação dos projetos de reforma tributária do Município. Apelou por medidas
concretas a respeito, destacando que tais projetos não podem ser votados antes
do total esclarecimento da questão. Comentou o Projeto do Executivo referente
ao esgoto pluvial, dizendo atingir o mesmo, em sua maioria, os bairros mais
carentes de Porto Alegre. Em COMUNICAÇÃO DE PRESIDENTE, o Ver. Valdir Fraga
referiu-se ao pronunciamento do Ver. João Dib, em que S. Exª solicitava que não
fossem mais enviados
jornais ao seu gabinete. Esclareceu os motivos pelos quais é inviável o envio
de jornais às residências dos Senhores Vereadores, baseando-se em orientação da
auditoria da Casa a esse respeito. Em COMUNICAÇÃO D E LÍDER, o Ver. Isaac Ainhorn
discorreu sobre as acusações de corrupção sofridas pela Casa, de parte de
funcionários da SMAM, no referente ao projeto de reforma tributária. Apoiou a
posição assumida pelo Ver. Clóvis Brum, de necessidade de total esclarecimento
do assunto antes da votação dos referidos projetos. O Ver. Adroaldo Correêa teceu
comentários sobre pronunciamentos feitos na Casa, acerca de acusações de
corrupção sofrida por este Legislativo. Declarou não ser esta a visão do
Executivo Municipal, devendo ser tomadas as devidas medidas a respeito.
Salientou que tal incidente não deve ser motivo para o adiamento da votação dos
projetos de reforma tributária em andamento na Casa e que, caso existam
discordâncias quanto
aos mesmos, elas
devem ser solucionadas por meio de apresentação de emendas. O Ver. Wilson
Santos anunciou estar trabalhando pela organização de uma Associação Brasileira
dos Proprietários de Veículos a Álcool,
considerando inadmissívelis
que esses proprietários sejam prejudicados por erro da política governamental
com relação ao assunto. Chamou a atenção das associações do meio ambiente para
que se aliem nessa luta, visando uma solução viável para o problema da falta de
combustível, sem prejuízo da população nem poluição do meio ambiente. A seguir, constatada a existência
de “quorum”, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Votação foi aprovada a Redação
Final ao Pprojeto
de Lei do Legislativo nº 25/87. Em discussão Geral e Votação Secreta, Urgência,
foi aprovado o Pprojeto
de Lei do Legislativo nº 159/89, por trinta e um votos SIM e uma ABASTENÇÃO, e após
ter sido discutido pelos Vereadores Dilamar Machado, Ervino Besson e Heriberto
Back. Em Discussão Geral e Votação foi aprovado o Projeto de Decreto
Legislativo nº 25/89, após ter sido encaminhado à votação pelo Ver. Clóvis
Brum. Em Discussão Geral e Votação foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo
nº 43/89 e as Emendas de nos 01 e 02 a ele apostas, com Declaração de Vvoto dos Vereadores
João Dib e Vicente Dutra, após terem sido, Projeto e Emendas, discutidos pelos
Vereadores João Dib, Artur Zanella, Vicente Dutra, Nelson Castan, Adroaldo Correêa, Elói Guimarães
e Luiz Machado. A Emenda nº 01 aposta a este projeto, foi aprovada por treze
votos SIM contra doze votos NÃO, tendo sido submetido à votação nominal a
Requerimento verbal, aprovado, do Ver. Artur Zanella. Na ocasião, o Ver. Artur Zanella
solicitou que constassem nas Atas as opções dos Vereadores com relação a
esta Emenda, tendo sido favoráveis a mesma os Vereadores Artur Zanella, Cyro
Martini, Edi Morelli, Isaac Ainhorn, Letícia Arruda, Luiz Machado, Nelson
Castan, Vieira da Cunha, Airton Ferronato, Jaques Machado, Lleão de Medeiros,
Elói Guimarães e Ervino Besson, e contrários os Vereadores Décio Schauren, Flávio
Koutzii, Gert Schinke, Giovani Gregol, João Dib, José Alvarenga, Lauro Hagemann,
Vicente Dutra, Adroaldo Correêa,
Heriberto Back, Antonio Losada e José Valdir. Em Discussão Geral e Votação foi
aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 87/89 e as Emendas de nos 01 e 02 a ele apostas. Ainda, foram aprovados os
seguintes Requerimentos, solicitando dispensa de distribuição em avulsos e
interstícios para suas
Redações Finais, considerando-as aprovadas nesta data: do Ver. Cyro Marini, com relação ao Projeto
de Lei do Llegislativo
nº 87/89; do Ver.
Décio Schauren, com relação ao Projedto de Lei do Executivo nº 43/89; do
Ver. Ervino Besson, com relação ao Projeto de Lei do Legislativo nº 159/89; do
Ver. Flávio Koputzii, com relação ao Pprojeto deo Decreto
Legislativo nº 25/89. Durante os trabalhos, foram apregoadaos 02 Emendas ao Projeto de Lei do
Executivo nº 43/89 e 01 Emenda ao Projeto de Lei do Legislativo nº 87/89.
Durante a Ordem do Dia, os trabalhos estiveram suspensos por seis minutos, nos
termos do art. 84, III
do Regimento Interno, e foram prorrogados nos termos do “caput” do art. 85 do
Regimento Interno, por proposição do Sr. Presidente, aprovada pela maioria dos
presentes. Terminada
a Ordem do Dia, o Sr. Presidente levantou os trabalhos àsas quatorze horas e onze minutos,
convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária a ser realizada na próxima
segunda-feira, às nove horas e trintas minutos. Os trabalhos foram presididos
pelos Vereadores Valdir Fraga, Isaac Ainhorn e Lauro Hagemann e sSecretariados pelos
Vereadores Lauro Hagemann, Wilton Araújo e Adroaldo Correêa. Do que eu, Lauro Hagemann, 1º Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será
assinada pelo Sr. Presidente e por mim.
O SR. ISAAC AINHORN
(Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu requereiriaa a inversão para que primeiro
corresse a Pauta.
O SR. PRESIDENTE (Lauro Hagemann): A Mesa
acolhe a Questão de Ordem, de V. Exª, mas antes de colocar em votação o
Requerimento, a Mesa vai suspender os trabalhos pelo tempo necessário à
apreciação de um Parecer,
em reunião conjunto das Comissões de um dos Processos que constam da Oordem do Dia, de hoje.
(Suspendem-se os trabalhos às 10h01min.)
(Às 10h12min., o Sr. Valdir Fraga assume a
Presidências dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Valdir Fraga – às 10h12min):
Há
“quorum”.
O Ver. Isaac apresentou um Requerimento de
inversão da ordem dos trabalhos. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR. NELSON CASTAN (Questão de
Ordem): Solicito
à Mesa e aos Vereadores, companheiros de Plenário, que autorizem a votação,
inicialmente, da Moção de Apoio do BRDE, que acredito seja uma coisa rápida, uma vez que a esmagadora
maioria dos Vereadores desta Casa já subscreveram a Moção e, também, em consideração aos
companheiros do BRDE que nos visitam e nos honram com sua presença no dia de
hoje. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE: Nós
teríamos que discutir a Pauta, agora, tendo em vista o Requerimento do Ver.
Isaac Ainhorn e, logo
após a discussão da Pauta, estaríamos na Ordem do Dia, quando enstraria o Requerimento de V.
Exª, segundondo a orientação da Direção Legislativa.
O SR. JOÃO DIB: Sr.
Presidente, solicito Liderança.
O SR. PRESIDENTE: Nós
temos um pedido de Liderança que tem prioridade.
O SR. JOÃO DIB: Mas eu
não exijo agora. Após a Pauta.
O SR. PRESIDEENTE: Passaremos
à
1ª SESSÃO
PROC. Nº 3178/89 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 102/89, que
autoriza o Executivo Municipal a abrir crédito especial no valor de NCz$
195.740,00 e dá outras providências.
PROC. Nº 3200/89 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 104/89, que
cria cargos na Administração Centralizada do Município, e dá outras
providências. (Monitor.)
PROC. Nº 2891/89 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N° 170/89, de
autoria do Ver. Gert Schinke, que dispõe sobre a proteção do Patrimônio
Histórico-Cultural e Natural do Município de Porto Alegre, disciplina a
integração de bens móveis e imóveis, cria incentivos ao tombamentotratamento e dá
outras providências.
PROC. Nº 3030/89 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N° 095/89, que
autoriza o Município a transferir imóveis de sua propriedade ao Departamento
Municipal de Habitação – DEMHAB – e dá outras providências.
PROC. Nº 30131/89
– PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 096/89, que
declara de utilidade pública a Associação de Educação Familiar e Social do Rio
Grande do Sul.
PROC.
Nº 3033/89 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 098/89, que declara
de utilidade pública a Associação dos Moradores do Beco do Adelar.
PROC. Nº 3034/89 –
PROJETO DE LEI DO EXECUTVO Nº 099/89, que declara de utilidade pública o Centro Eeducacional do
Excepcional – CEEX – “Posso Viver”.
PROC. Nº 3032/89 –
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 097/89, que declara de utilidade pública a Associação dos Moradores
e Amigos do Bairro Campo Novo.
PROC. Nº 3041/89 – PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 181/89, de autoria do Ver. Jaques Machado, que denomina Rua Lindo
Pasqualin Brufatto um logradouro público.
PORC. Nº 3044/89 –
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 041/89 , de autoria do Ver. Luiz Braz, que concede o Título de Cidadã
Emérita à Senhora Maria Antonieta Geremias.
PROC. Nº 305/892 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 183/89, de autoria do Ver. Edi Morelli, que denomina Rua Drª Lucila
Lopes,
um logradouro público.
PROC. Nº 3068/89 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 185/89, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que concede o tTítulo hHonorifico de
Cidadão de Porto Alegre ao Senhor José Fernando Ehleres de Moura.
PROC. Nº 3069/89 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 186/89, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que denomina Rua Affonso
Fortis um logradouro público.
PROC. Nº 3079/89 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 189/89, de autoria do Ver. Leão de Medeiros, que denomina Praça
Carvalho Ribeiro um logradouro público.
PROC. Nº 3082/89 – PROJETO DE
RESOLUÇÃO Nº 043/89, de autoria do Ver. Valdir Fraga, que concede o título hHonorífico de
Cidadão Emérito ao Sr. Carlos Elsustoondo.
2ª SESSÃO
PROC. Nº 2927/89 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 175/89, de autoria do Ver. Leão de Medeiros, que denomina Praça
Inspetor Irani Bertelli um logradorologradouro público.
PROC. Nº 2934/89 – PROJETO DE
LEI LEGISLATIVO Nº 1767/89, de autoria do Ver. Leão de Medeiros, que denomina Rua
Comissário Aristotelino Souza um logradouro público.
PREOC. Nº 2963/89 – PREOJETOT DE RESOLUÇÃO Nº 037/89, de autoria do Ver. Cyro Martini, que concede o título hHonorifico de
Cidadão Emérito ao Sr. Nelson Arisi.
PROC. Nº 2965/89 –
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 038/89, de autoria do Ver. Cyro Martini, que concede o título honorífico de Cidadão
Emérito ao Sr. Francisco Renan Proença.
PROC. Nº 2969/89 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 177/89, de autoria do Ver.
Jaques Machado, que denomina Rua Bertholdo Mário Thebich, um logradouro
público.
3ª SESSÃO
PROC. Nº 2888/89 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 169/89, de autoria do Ver. João Dib, que proíbe a utilização de
símbolos e outros que ostentem
a cruz suástica ou gamada e dá outras providências.
PROC. Nº 3025/898 –
PROJETO DE LEI DO LEGILATIVO Nº 179/89, de autoria do Ver. Wilton Araújo, que inclui,
no currículo escolar da rede de ensino municipal de 1º grau, conteúdo
disciplinar relativo ao direito de voto aos jovens maiores de 16 anos e dá
outras providências.
O SR. PRESIDENTE: Para discutir a Pauta está inscrito o Ver. Luiz Machado. Com
a palavra o Ver. Luiz Machado. (Desiste.)
Encerrada a Pauta.
Liderança com o Ver. Edi
Morelli e, após, o Ver. João Dib.
O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente, e se votássemos primeiro o
Requerimento do BRDE primeiro? O PMDB
também se inscreve em Liderança e abre mão para votarmos, primeiro, o BRDE.
O SR. PRESIDENTE: Está certo. Houve um entendimento. A prioridade era de
tempo de Liderança. Entramos na Ordem do Dia...
O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente, há uma solicitação do Ver. Nelson Castan no
sentido de que se vote este Requerimiento, excepcionalmente.
O SR. PRESIDENTE: Sim, excepcionalmente, com a autorização do Plenário.
O SR. EDI MORELLI: Foi aberto um precedente.
O SR. PRESIDENTE: Será colocado em votação a solicitação do Ver. Nelson
Castan, de apreciação
do Requerimento de sua autoria.
Em
votação (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
Em votação Requerimento de Moção de Apoio
junto ao BRDE, na defesa da preservação daquela instituição.
Para encaminhar, o Ver. Nelson Castan.
O SR. NELSON CASTAN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, funcionários do BRDE que
estão liderando a luta pela preservação integral do Banco, de tal forma que não
signifique qualquer tipo de mutilação no BRDE.
Esta Moção de Apoio ao BRDE pela Câmara
Municipal de Porto Alegre, é bom que se diga, embora tenha sido de minha
autoria, uma vez que
nós já estamos juntos nesta luta há bastante tempo, esta Moção foi assinada
pela totalidade dos 33 Vereadores que compõe a Câmara Municipal de Porto
Alegre. (Palmas.)
O Estado do Rio Grande do Sul, ao longo
desses últimos 25, 30 anos, têm sido vítima freqüente de ações que tentam
enfraquecer o nosso Estado, enfraquecê-lo politicamente, enfraquecê-lo
economicamente. Nós tivemos alguns anos atrás, a tentativa de liquidação do
antigo Banco Sul Brasileiro. O Rio Grande do Sul lutou e conseguiu manter, e conseguiu reviver o
Banco Sul Brasileiro, federalizado na forma do atual Banco Meridional.
O último golpe que tentam desferir contra
a economia do nosso Estado,
contra a nossa sociedade, foi
essa intervenção injustificada, irresponsável no Banco Regional de
Desenvolvimento do Extremo Sul. Por todos os motivos que se possa invocar, não
houve qualquer razão concreta, justificável para esta intervenção.
Razão evidentemente, com relação àa situação do BRDE. É evidente que tem
razões para esta ação, mas razões que não são confessáveis de público. E, mais
triste ainda, que essas razões que não são confessadas de público, são aquelas adotadas pelo governo central, pelo
governo federal, quando decidiu pela colocação ndo BRDE de um interventor,
desmantelado, desorganizando esta instituição que é tão importante e tão vital
para a economia do Estado do Rio Grande do Sul.
Eu queria dizer, Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, aos companheiros do BRDE que eu falo com a mais profunda convicção, dado o meu conhecimento
de economia, minha formação de economista, de Técnico da Fundação de Economia e
Estatística do Rio Grande do Sul e de pessoa que acompanha o BRDE há muito tempo, seu trabalho, e que
sabe da importância dessa instituição para pequenas e médias empresas no nosso Estado, que
muitas vezes, a
grande maioria das
vezes,
vão bater às portas das instituições financeiras e privadas e estas
não se abrem.;
Aa porta que se abre
é a porta do BRDE, porque é uma instituição pública, é uma instituição
saudável, é uma instituição que, além, de ter a preocupação com a
austeridade interna, tem também a preocupação com as necessidades daquelas
empresas que financia.
Sabemos
que as instituições privadas têm somente um único interesse, uma única meta e
esta metae
é o lucro, o lucro máximo. Sabemos, também, que uma instituição pública do tipo
do BRDE, tem uma gama de considerações que vai muito além da questão do lucro.
E o que são esstas considerações? O impacto
desenvolvimentista de um empréstimo que possa dar, mesmo que o retorno não seja
tão grande, é o impacto na geração de empregos, ée a visão estratégica, uma visão de
longo prazo que procure criar condições na economia, para que se desenvolva harmonicamente a
estrutura produtiva. Por todas essa razões é que nos envolvemos, que
mergulhamos nessa luta pela manutenção do BRDE. Estamos vendo as palavras de
ordem, as mensagens que os funcionários nos trazem e uma, particularmente, nos
chamou a atenção, aquela lá em cima que diz: “Nove meses não podem apagar 28
anos”!
Aquela mensagem mostra, exatamente, a irresponsabilidade do governo federal em
promover a tentativa de liquidação do BRDE. Sabemos que a situação,
dentro do Banco, é delicada, nos dias de hoje, háa resoluções que não recomendam a qualquer administrador, como, por exemplo,
colocar funcionários em dispensa remunerada. Uma estrutura, um corpo técnico
com experiência, com conhecimento da nossa economia, como vai ser posta à
disposição; é todo um potencial de trabalho que está sendo desperdiçado. Isso é
inadmissível! Queremos encerrar este pronunciamento, a Moção que foi aprovada,
ela já está, de fato, com a assinatura da totalidade dos Vereadores, mas
queremos encerrar nosso pronunciamento fazendo um a pelo a todos os Vereadores da Casa
para que se juntem e subscrevam uma ação popular impetrada pelos funcionários
do BRDE, contra o liquidante, contra o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, e que está correndo na
12ª Vara, aos cuidados da Juíza Drª Tânia Escobar. Essa ação popular, Sr.
Presidente, inexplicavelmente está parada, inexplicavelmente está engavetada. E
nós fazemos um apelo, sei que depois de mim outros Vereadores vão ocupar esta
tribuna, vejo o Ver. Clóvis Brum, o Ver. João Dib, para que todos nós nos
juntemos e vamos subscrever esta ação popular para que se faça uma pressão
política dura, violenta, em cima da justiça, em cima desta juíza para q eue dê andamento a este processo. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encaminha,
pelo PDS, o Ver. João
Dib.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, e. Este País vai mal, muito mal, e vai
mal não porque os seus filhos não são
competentes, não
porque os seus filhos não sejam trabalhadores. Vai mal porque a incompetência e a falta de responsabilidade
nos comandam. Três Governos doe
Estados, sabendo que tinham à sua disposição um banco da melhor qualidade, por
indecisão, por incompetência, permitiram que ocorresse o que está ocorrendo
agora. E os servidores do BRDE, mostrando que têm sensibilidade, que têm
competência, que têm responsabilidade, colocaram uma frase que a mim interessa
mais do que as outras: “Queremos solução!” A solução da responsabilidade, a solução da dignidade e a solução da
competência, ou seja, o BRDE funcionando. (Palmas.)
A minha Bancada, como as demais Bancadas
da Casa, é claro, encaminha favoravelmente. Não poderia ser diferente, porque todos nós
conhecemos o que o BRDE fez por este Estado, e pela própria
Prefeitura Municipal, portanto, pela Cidade de Porto Alegre.
Portanto, gostaria, e todos nós seríamos
imensamente felizes se pudéssemos, nos próximos dias, antes de encerrar este
ano, ter a solução do BRDE, mas a solução positiva, a solução da competência e
da responsabilidade. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encaminha, pelo PMDB, o Ver. Clóvis Brum.
O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, e. Efetivamente, a luta dos
funcionários do BRDE é uma luta que já toma dimensões nacionais. Deputados
Federais do PDS e do PMDB já agilizam na Câmara Federal projeto tentando
terminar com a liquidação. No Rio Grande do Sul, o Dep. Germano Rigotto, do
PMDB, que preside a Comissão de
Sistema Financeiro da Assembléia Legislativa, e com um passado de lutas em
torno do Banco Meridional, um dos Deputados que, juntamente com outros e com os
funcionários do antigo Sul Brasileiro, viabilizou a implantação do atual Banco
Meridional do Brasil. E agora os funcionários do BRDE, juntamente com Deputados
das Assembléias Legislativas dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, Paraná, se levantam na luta de preservação desse Banco, de vital
importância para a economia destes três Estados. Não poderia a Câmara de Porto
Alegre faltar a esse momento tão importante, oportunizado pelo Ver. Castan, através
de Requerimento que diz da manifestação da Casa. Eu agregaria, Ver. Castan, um
telex da Lideranças ao próprio Governador Pedro Simon, cujo o Estado é o maior
devedor do BRDE, para que condicione esta dívida ao imediato levantamento da
liquidação, sob pena de não haver um acordo entre o Rio Grande e o Governo
Federal. Nós sabemos que, quando o Governo Simon assumiu o Governo, o Estado
que mais devia para o BRDE era o Rio Grande do Sul. E, por isso, os demais Governadores
não tinham interesse em assumir e serem avalistas dessa dívida do Rio Grande do
Sul. Mas, acho que o Rio Grande do Sul, a exemplo do Meridional, está em
condições de pressionar o Governo Federal e de trabalhar dedicadamente em torno
doas presidenciáveis,
para que aquele que ganhar as eleições resgate este patrimônio do Rio Grande do
Sul, que é o BRDE.
Acho, Sr. Presidente e Srs. Vereadores,
que as Lideranças da Casa, os Vereadores da Casa, os segmentos da sociedade
civil poderiam todos enviar manifestações, não só ao Governo do Estado, mas
fundamentalmente ao Banco Central e ao Presidente da República, para que não
cometa, no final de seu governo, mais um ato de desatino contra a economia destes três
estados do sul. Acho, finalizando, que o Ggoverno Federal, que as Lideranças no
Congresso Nacional, as duas Casas, deverão receber telex, telegrama, para que o
Ppresidente Sarney
consuma este ato, que não só vai prejudicar muita gente que trabalha nesse
Banco,
como, e mais importante, é o prejuízo que trará ao Rio Grande do Sul. Quando
falo em Rio Grande do Sul, eu lembro que o Rio Grande do Sul,
que é o maior devedor, tem uma palavra de maior decisão nesta situação. Se o
Governo assume a dívida, condicionando-as, bem como as suas
condições de pagamento, ao imediato levantamento da liquidação, a vitória dos
funcionários do BRDE e de toda a classe política que estáa trabalhando em cima deste processo,
notadamente a luta dessa Comissão da Assembléia Legislativa e dos Ggovernadores haverá
de prosperar e o BRDE continuará prestando o seu importante serviço na nossa
economia. O BRDE não pode fechar, Sr. Presidente. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Wilson Santos.
O SR. WILSON SANTOS: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, Srs. funcionários do
BRDE. Eu tive oportunidade de, na abertura desta Sessão, ser indicado para ler um trecho da bíblia
e, ao ler a proteção do Altíssimo, com sinceridade, inclui a proteção do
Altíssimo aos integrantes desta Casas e ao BRDE, porque eu entendo que
aquilo que é lícito
deve ter até uma proteção superior. Nós entendemos que o poder deve ser usado,
e para tanto o Estado como um meio, um meio de promover a prosperidade, um meio
de elevar o nível de um bem social e estabelecer o bem comum da Nação. O fim, o objetivo, é o ser humano. E eu
defendo que o Estado deve ser dadao a incumbência da defesa do inimigo
externo,;
que promova o estabelecimento das garantias constitucionais. Que tenha o Estado
a missão de promover a justiça, de promover a saúde pública, a educação básica,
a segurança e a proteção do cidadão. Eu entendo, também, que é fundamental que
o Estado estabeleça as infra-estruturas de aeroportos, portos, estradas,
comunicações, energia, enfim, para que a iniciativa privada, a livre iniciativa
possa crescer, desenvolver, gerar empregos, gerar salários e, paralelamente, a
esta infra-estrutura, tem que ter o Estado, como poder, a competência de
estabelecer projetos de desenvolvimentos, de produtividade. Ora, o Banco
Regional de Desenvolvimento, é um sinônimo justamente da missão
do Governo de financiar, investir na produtividade, no progresso, para que nós
possamos atingir um bem estar social e um nível de prosperidade maior. Ora,
virar as costas para o BRDE é virar as costas para a Nação, especialmente para
a Região Sul altamente produtiva porque eu digo, pobre Pátria! (Palmas.)
Pobre Pátria, de vinte e tantas zonas,
que tem no seu ventre o Amazonas e agoniza de fome nas cidades. Nós nos
obrigamos a mendigar pão, paradoxalmente, vivendo
sob um dossel de ouro e
este dossel de ouro que é a Nação, tem um potencial imensurável nas
Região Sul. Nós poderemos ser uma Nação próspera, uma Nação rica e desenvolvida
porque temos condições,.
sSe nós, com
competência, eu digo nós, o povo todo, especialmente aqueles que usam o poder
para conseguir um partamar maior de
felicidade para o seu povo, usar esta Região Sul com financiamentos de projetos para
desenvolver o País. Conseqüentemente, é um crime de lesa-pátria, é uma ausência
de civilidadezação,
de brasilidade, de patriotismo, deixar passar esta oportunidade de evitar todos
os esforços para levantar a liquidação e colocar já em operação o BRDE. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Antonio Losada, que falará em nome
da sua Bancada, o PT.
O SR. ANTONIO LOSADA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, Srs. funcionários do
BRDE. A Bancada do Partido dos Trabalhadores está junto com as demais Bancadas
que formam esta Câmara, solidária com a luta dos funcionáÁrios do BRDE. Nós, do Partido dos
Trabalhadores,
acompanhamos desde 1964, por ocasião do Golpe Militar, a política econômica
extremante centralizadora, que no seu bojo visava, objetivava,
prejudicar toda a economia, todos os desenvolvimentos
das rRegiões que estavam
fora do eEixo:
Rio, São Paulo e Minas.
Essta
política no seu desenvolvimento levou várias entidades, várias empresas do Rio
Grande do Sul ao caos. Se nós olharmos Caldas Júnior, se nós olharmos o Grupo
Renner, Sul Brasileiro, nós verificamos a conseqüência de uma política,
centralizadora e economicamente desenvolvida pelos regimes militares. Hoje, os trabalhadores do BRDE
sofrem na própria carne a conseqüência de uma política traçada anteriormente.
As Bancadas que formam esta Câmara estão solidárias com os trabalhadores do
BRDE, porque entendem que o BRDE é, sem dúvida, um instrumento que pode possibilitar uma
alavanca do desenvolvimento da Região Sul.
Portanto, cabe a nós juntos traçarmos uma
política capaz de recuperar o BRDE e colocar ele nos interesses verdadeiros do
Rio Grande do Sul, SasAnta
Catarina, Paraná. Nós,
do Partido do Trabalhadores, sentimos que toda a política líquida
acionista que busca atingir os instrumentos de desenvolvimento da Região Sul,
passa, sem dúvida, pelos interesses dos grandes grupos nNacionais e mMultinacionais, que procuram de todas
as formas intervir numa política de privatização do sistema bancário, dos
Bancos de Desenvolvimentos Regional, prejudicando enormemente o desenvolvimento
nNacional,
prejudicando enormemente todo um trabalho que busca uma independência, não só
do ponto de vista econômico, mas que possibilite uma vida melhor para os
trabalhadores. Portanto, eu quero registrar a solidariedade do PT. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. RPRESIDENTE:
Encaminha, pelo PCB, o Ver. Lauro Hagemann.
O SR. LAURO HAGEMANN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a. A Moção já está aprovada, as
Bancadas apenas estão externando a sua solidariedade mais formal aos
trabalhadores do BRDE. É justo o movimento porque ele tem uma finalidade muito
especifica. Talvez os próprios funcionários não tenham alcançando toda a extensão
do seu movimento. E extinção do BRDE tem relação com a tentativa de extinção da
Caixa Econômica Estadual, do próprio Banco do Estado do Rio Grande do Sul,
porque vem no bojo de uma reforma do sistema bancário nacional, imposta pelo
FMI. É preciso que o corpo funcional do Banco
tenha esta compreensão,
porque está lutando não por seu emprego,; está lutando por um mecanismo
eficiente de alevantamento das condições de
produtividade deste Estado, desta região do País. O que quer o Ggoverno Ffederal é se submeter ao Fundo Monetário Internacional, na ânsia incontida de
captar mais recursos para nos afundarmos cada vez mais neste processo de
endividamento. E,
lamentavelmente, o
Governo do Estado do Rio Grande do Sul é conivente com estaá política. Não se
rebelou,
suficientemente,
perante o Ggoverno
Ffederal para manter
o BRDE, e vai acabar perdendo a Caixa Econômica, a parcela ponderável do
Banrisul, porque querem transformar estas entidades em bancos puramente dea captação de
poupança e não de investimento. E é preciso, também, ter muito claro que está se
desenvolvendo nesta campanha presidencial, porque aqui nós não podemos dissociar as
coisas. O que pretendem as candidaturas que estão em liça neste momento:. pPrreservar o que está aí? Ou
modificar? É isso que precisa ser entendido. Nós nos regozijamos com a luta de vocês, porque ela tem um
significado muito mais profundo. Ela quer dizer que nós, brasileiros, estamos interessados em trabalhar também
com competência, mas não com competência para o lado de lá: a competência da
desestabilização. Nós queremos a competência da estabilidade, do progresso, do
avanço. O ano 2.000 será fundamental para a história do homem sobre a face da
Terra. E nós estamos inseridos de corpo inteiro nesse processo de avanço. Os 100 milhões de brasileiros que no ano de
2000 terão menos de 18 anos de idade, vão-nos cobrar isso se nós não oferecermos uma perspectiva
decente de vida para eles. São os nossos filhos,; serão os nossos netos. O que é que
vamos deixar para eles? Um País em ruínas, incapaz de se reerguer? Ou um País com uma perspectiva
de desenvolvimento, com capacidade para preservar a vida dos quase 200 milhões
de habitantes que estão aqui nesse nosso território daqui a dez anos? É isso
que precisa ser entendido. Por isso, a luta de vocês deve prosseguir com muita
intensidade, mas com consciência muito clara do que está por trás de tudo isso.
Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Luiz Braz, pelo PTB.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, funcionários do BRDE. O
Partido dos
Trabalhistaadores Brasileiro não poderia
ficar ausente neste momento em que passa, por esta Casa,
uma Moção de Apoio a essa luta de todos os funcionários do Banco Regional de
Desenvolvimento do Extremo-Sul, para que esse Banco continue a operar nessa
região. Nós já ouvimos,
aqui, de todos os oradores que passaram por estsa tribuna, todos os argumentos
necessários e indispensáveis para que essa luta possa prosseguir e essa Moção
de Apoio possa ser realmente votada. Mas eu quero lembrar um momento que talvez
não tenha sido lembrado: também nesta Casa, não faz muito tempo, passou uma
luta que é mais ou
menos semelhante à luta que todos os sSenhores desenvolvem, neste momento, quando os funcionários
do Banco Sul Bbrasileiro
ttambém vieram a
esta Casa para fazerem esta solicitação que os sSenhores fazem,
buscar apoio desta Casa para uma luta que eles efetivavam naquele momento e que
parecia, num determinado momento, que estava completamente perdida. E no
momento em que nós recebemos os funcionários do Banco Sul Brasileiro, aqui na Câmara Municipal
de Vereadores, poucas pessoas tinham coragem de dizer que o Banco Sul Brasileiro
iria vencer esta luta, eis que não apenas por causa do apoio desta Casa, mas
juntamente com o apoio desta Casa, outros setores da sociedade se aliaram à
luta dos funcionários do Banco Sul Brasileiro naquele instante e, finalmente, depois de
muitos meses, os funcionários do Banco Sul Brasileiro puderam comemorar a
vitória,
e aquilo que eles realmente buscavam, conseguiram.
Este mesmo apoio que os senhores vêm
buscar da Câmara de Vvereadores
de Porto Alegre, este apoio que está sendo dado, neste exato instante, é um apoio para que
esta região do Extremo Sul possa a continuar a contar com um Banco
Regional de Desenvolvimento, porque o modelo econômico atual tenta
desincentivar aquelas pessoas que querem produzir, e todos os bancos que são
criados com este objetivo, com o objetivo de incentivar a produção, parecem
que não recebem do Governo Central, de quem domina o modelo centralizador,; a mesma atenção
que aquelas instituições que são criadas apenas para poupança ou ganho de
capital, aqueles que querem apenas ganhar dinheiro com o próprio dinheiro.
Aqueles que não querem ganhar dinheiro trabalhando parece que recebem uma
atenção muito maior
dos pobresderes centralizadores.
Não vou acusar nem o Estado do Rio Grande
do Sul, nem outro setor, mas acredito que este momento, exatamente este
momento, é um momento de buscar apoio de todos os setores, até do Governo Pedro
Simon, do Governo do Estado, da mesma forma como os sSenhores estão buscando apoio, aqui, na Câmara Municipal de
Porto Alegre. Acredito que o Governo do Estado não deve ser deixado de lado. É
verdade que é culpado? Sim, é
culpado. Mas,
acho que esta culpa deve ser deixadao de lado, vamos fazer com que esta
culpa possa ser redimida,
neste exato instante, buscando o Governador, também, para que o BRDE não seja
liquidado, para que o BRDE possa continuar.
Acredito que a continuação da vida do
BRDE, a continuação do trabalho do BRDE é fundamental para que nós possamos
buscar o progresso do nosso Estado. E é por isso que nós estamos absolutamente
de acordo com estsa
Moção de Apoio, assinamos e vamos assinar todas as outras Moções que passarem
por aqui, para buscar apoio nesta luta que os sSenhores estão realizando.
Senhores, contem com o PTB, e contem com
o voto desta Casa, e com o auxilio de todos os Vereadores desta Casa,
nesta luta que é,
realmente, uma luta
pelo Rio Grande. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrados os encaminhamentos. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO. (Palmas.)
Sobre a mesa um Pedido de Licença para o
Sr. Prefeito Municipal.
O 2º Secretário procederá àa leitura do Pedido
de Licença.
O 2º SECRETÁRIO: (Lê o Ofício nº 958/89.)
O SR. PRESIDENTE: Liderança com o
Ver. Edi Morelli.
O SR. EDI MORELLI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores., eEu chamo a atenção especial dos
Vereadores desta Casa porque os Vereadores deste Legislativo foram acusados de
corrupção. Na quarta-feira houve reunião de uma comunidade, onde cerca de 100
pessoas participavam, na Colina do Prado. A essa reunião comparecem três
funcionários da SMAM, o chefe do meu Gabinete compareceu, me representando, bem como, também, o Chefe de Gabinete do Ver. Cyro Martini lá estava,
representando o Ver. Cyro Martini.
Portanto, estavam presentes, por
representação, na referida reunião, dois Vereadores. Em dado momento, os três
funcionários da SMAM fizeram um a apelo para que os presentes viessem
até a Câmara, pressionar os Vereadores pela
aprovação do Projeto do Prefeito, pois, segundo eles, muitos Vereadores – e
aqui vem a denúuncia
– estão- se manifestando ao lado
da burguesia que tem os vazios urbanos. Foi dito, até, que alguns Vereadores –
e aí está a corrupção – recebiam dinheiro para não aprovarem o Projeto do IPTU.
São trinta e três Vereadores acusados nesta Casa. Quero dizer, também, aos Srs.
Vereadores e ao Presidente desta Casa que, em conversa telefônica com o Sr.
Tarso Genro, foi- me
dito por ele que seriam identificados os três funcionários e que providências
seriam tomadas. Hoje,
pela manhã, foi-me
colocado pelo Jornalista Adaucto, em nome do Dr. Tarso Genro, que os três
funcionários serão demitidos. Agora, não basta a demissão desses funcionários,
queremos uma posição – e aí apelo à Presidência desta Casa para que tome uma
posição – do Governo da Frente Popular no que diz respeito a essas acusações
feitas por
funcionários irresponsáveis, porque duvido que eles venham a esta Casa e
apontem quem são os Vereadores que recebem dinheiro ou receberiam dinheiro para
votar contra o Projeto do IPTU.
Já reiterei, várias vezes, ao Sr. Prefeito e ao Vice-Prefeito, sou
oposição porque estou em Partido oposto à Frente Popular, mas tudo o que vai ao
encontro do anseio popular, não importa nome e nemome sigla partidária, porque o Partido
Trabalhista Brasileiro vota a favor, e falo aqui em nome do Líder de minha
Bancada. Portanto, Sr. Presidente, solicito mais uma vez que a Presidência da
Casa tome as providências cabíveis nesse caso. Obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: Liderança com o PDS, Ver. João Dib.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, . eEncaminhei, ontem, à Presidência desta Casa, uma solicitação de que
não me sejam mais fornecidos jornais da Cidade, nem de fora da Ccidade. Não os
desejo, assino-os, pago as assinaturas. O encaminhamento foi feito porque eu
não gosto de dúvidas. E por tempo insisti que os jornais fossem entregues nas residências dos Srs.
Vereadores. E se insistia é porque entendi que era uma coisa correta e se não
podem ser entregues, nas casas dos Srsenhores. Vereadores, ou há
incompetência aAdministrativa
ou há irregularidades. Então,
não é uma coisa muito santa,
e se não é muito, eu já pedi: que não me dêem mais os jornais porque eu não os quero, e
já mandei devolver,
hoje, os que já
entregaram, porque eu pedi que, a partir de ontem, não me fossem
entregue nenhum jornal, porque não quero mais. Eu ganho bastante como Vereador
para pagá-los e estou pagando, já vinha pagando, porque eu tinha assinaturas
dos jornaisl da Cidade, e vou
continuar pagando as assinaturas. Agora mesmo fiz cheque para pagar a
assinatura de um dos jornais da Cidade.
Então, peço ao Sr. Presidente que tenha o
carinho que não teve quando foi
me levandonto
paerla manhã, para
depois de amanhã uma solução definitiva. Eu peço que ele tenha carinho de não
me mandar mais os
jornais lá, que dê a ordem,
agora, para que não entreguem
os jornais ao Ver. Dib.
Mas, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o
Prefeito Alceu Collares e o Pprefeito
Olívio Dutra têm alguma coisa em comum, que é dizer que o Prefeito João Antonio
Dib,
foi Prefeito nomeado. Bom,
eu não fui nomeado, até porque, constitucionalmente, a forma de ser Prefeito era aquela. Eu fui
indicado pelo Governador e o meu nome votado na Assembléia. Mas não me faria
diferença nenhuma se tivesse sido nomeado. Eu seria um Pprefeito da mesma forma que fui, com
responsabilidade, atendendo a todos, e mantendo o nome na lista telefônica,
para queê,
as duas da manhã, às cinco da manhã, alguém que precisasse do Prefeito o
chamasse e recebesse uma palavra, um
sim ou um não, uma
palavra de estímulo, uma palavra de apoio, uma palavra negando a solicitação
feita.
Agora, as pensionistas
do Montepio, em número de 1.385, constitucionalmente, adquiriram direitos que a
Prefeitura, através de um grupo de trabalho, reconheceu. Reconheceu e o
Prefeito em exercícios disse: “Autorizo o pagamento, na
forma do Parecer do Secretário Municipal de Administração”. O Secretário da
Administração dizia, no seu Parecer: “que o Relator da Comissão é pela
autorização do pagamento das parcelas vincendas. Os atrasados devem ser objetos
de programação pela Fazenda, dadas as dificuldades que encontra, em razão de
numerário que não tem”. É justo que a Fazenda examine, mas não é justo – e e é por issto que eu disse do
Prefeito neomeado e do Prefeito eleito – que que aqueles que são
interessados, aqueles menos aquinhoados, pensionistas do Montepio, não sejam
bem recebidos e muito menos que não sejam recebidos. E a Administração não os
recebeu. E, de alguns setores da Administração, houve até ironias. Portanto, o
Prefeito em exercício, Tarso Genro, com a correção quer o caracteriza,
aceitou o Parecer do Secretário dae Administração, eu
entendo que haja dificuldade na Fazenda, mas não entendo as ironias feitas
através da Fazenda e da Administração., Éé claro que não terá sido através do
Secretário nem do Prefeito, mas é bom que o Prefeito cuide, é bom que os
Secretários cuidem que aqueles que se dirigem à Secretaria é porque têm
problemas, e issto não significa
dizer que já serão atendidos e que os senhores têm direito! A solução do
problema, também, é com um não contundente. Não vou fazer, não é possível
fazer, a Lei não permite que eu faça, e pronto. A pessoa sai tranqüila. Mas não
façam ironias. Por outro lado, a denúncia que aqui fez o Ver. Edi Morelli precisa
que esta Câmara tome providências, mais que a demissão de algumas pessoas que, eventualmente, ocupam cargos em
comissão. É extremamente grave. Não podemos permitir que servidores do
Município, portadores de cargos em comissão, portanto, com algumans projeção, façam, sem nenhuma
conseqüência maior que a sua demissão, acusações graves, da forma em que
foram feitas. Esperamos os acontecimentos, para que possam ser tomadas
providências pela Casa. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: Liderança com o PMDB, Ver. Clóvis Brum.
O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, rigorosamente, não posso
atribuir ao Prefeito Olívio Dutra, e ao Vice-Prefeito Tarso Genro, responsáveis
pela Administração da Cidade na área do Poder Executivo, uma ação isolada, impensada, de três funcionários da
SMAM,
que fizeram esta gravíssima denúncia. Estou interessado, Sr. Presidente, em
saber quais os Vereadores desta Casa que vão receber dinheiro para reajustar o
IPTU.!
Não posso votar este projeto, enquanto o Executivo,
não me der esta informação.!
A Casa tem que assegurar a reforma tributária. Enquanto o Executivo não
esclarecer publicamente, se chama Vereador de ladrão, de corrupto e fica o dito
pelo não dito! Se esta Casa tem dignidade, não pode votar esta reforma
tributária, sob pena de aceitar a pecha da corrupção. Eu faço um apelo às Llideranças da Casa
e àa
Presidência da Casa, ao magistrado do Legislativo de Porto Alegre para que
conduza este problema, que é da maior importância, na exata proporção de
responsabilidade que ele merece.
Dr. Mano José, se costuma dizer que
quando uma parte do corpo está afetada, ou esta parte não é do corpo ou todo o
corpo está afetado. Rigorosamente, se é esta a concepção que a Administração
Popular tem dos Vereadores, a mim não agrada. Eu fico profundamente pesaroso
com a manifestação de três funcionários da SMAM, aqui denunciados pelo Ver. Edi Morelli, os
quais fizeram uma grave acusação aos 33 Vereadores desta Casa. Este assunto,
Sr. Presidente, eu gostaria de ver esclarecido pelo Poder Executivo, porque os
funcionários são do Poder Executivo, para depois se votar com tranqüilidade a
reforma tributária. De que maneira, Ver. Nelson Castan, Luiz Machado, Edi
Morelli, João Dib, Décio Schauren, Vieira da Cunha e todos os outros Vereadores,
poderão votar uma reforma tributária sob acusação de corrupção? Os níveis de
respeitaonsabibilidade, de
responsabilidade devem ser tratados, rigorosamente, nos seus devidos patamares.
Acho que a Casa merece um desagravo por parte do Poder Executivo. Eu me sinto
impedido de dar o meu voto na
reforma tributária. E já começo, agora, Sr. Presidente, comunicando
oficialmente à Casa, que não farei o relatório, como
relator da Comissão que examina o projeto de taxação de esgoto pluvial, enquanto
não receber uma manifestação oficial do Poder Executivo sobre estas denúncia de
três3
funcionários da SMAM. O processo está nas minhas mãos. Está aqui. Não farei
relatório, Sr. Presidente, estou comunicando a V. Exª, enquanto o Poder
Executivo não fizer os devidos esclarecimentos sobre esta grave denúncia
trazida pelo Ver. Edi Morelli,
nesta manhã.
E para concluir, eu
desejava abordar uma outra informação trazida ontem a esta Casa sobre a
implantação da taxa de esgoto pluvial. Eu tenho a mais absoluta certeza de que
o Prefeito Olívio Dutra também não sabe desta realidade. Pois a taxa de esgoto
pluvial só vai ser cobrada dos pobres, só tem três bairros ricos que têm esgoto
pluvial, o resto tudo é bairro pobre, porque os demais bairros ricos já pagam a
taxa de esgoto cloacal.,
entãoE, então, a taxa de esgoto
pluvial incidirá, será cobrada daqueles que não têm, na frente de suas casas, a rede cloacal, só têm a
rede pluvial e quem só tem a rede pluvial são os bairros como a Vila Santa
Rosa, Santo Agostinho, Vila Restinga, Bom Jesus, enfim, só os bairros pobres
pagarão esta taxa. Tenho certeza que o Prefeito Olívio Dutra não sabe desta
dura realidade.
Ontem, o Coordenador do Projeto Rio
Guaíba da Administração Popular informou, e está ali o Ver. João Dib com um mapa
fornecido pelo Coordenador do Projeto Rio Guaíba, oficialmente, que a taxa será cobrada só dos pobres e
mostrou o mapa da Cidade onde a taxa incide com relação ao pluvial. Chamo a
atenção do Ver. Dilamar Machado., Ver. Dilamar Machado está ali o mapa,
Ver. Artur Zanella, o mapa está ali,, Ver. Vieira da Cunha, Líder do PDT
nesta Casa.,
Cchamo a atenção da Bancada do PDT,
a Bancada majoritária, a taxa será cobrada 95% só dos pobres de Porto Alegre.
Concluo, Sr. Presidente, o mapa está aí,
Ver. Wilson Santos, com o Ver. Dib e mais: o Coordenador do Projeto Rio Guaíba
ficou de entregar outra via, outra cópia do mapa para anexar ao Processo.
Esta realidade o Prefeito Olívio Dutra
não sabe, porque a hora que ele souber ele retira o projeto. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Isaac
Ainhorn): Com a palavra, o Ver. Valdir Fraga.
O SR. VALDIR FRAGA: Srs. Vereadores, imaginem a dificuldade que nós temos de
vir à tribuna para roubar o tempo dos sSenhores, não só dos Vereadores como dos
presentes, aqui, que
estão aguardando algum pronunciamento de Vereadores. O Ver. João Dib usou da
tribuna, há alguns minutos. Realmente, ele, em janeiro nos, solicitou ver da possibilidade se
nós pudéssemos encaminhar os seus jornais que ele recebe, como todos os
Vereadores recebem,
aqui na Casa, para a sua residência, nós recorremos à Direção Geral;. aA Direção Geral
recorreu àa
Auditoria; a Auditoria
à Diretoria de Patrimônio;,
e veio a negativa. Nós informamos, na
época, para o Ver. João Dib, logo a seguir o Vereador recorreu de novo,
insistindo em suas razões ou não, mas com suas razões que nós respeitamos.
Recorremos novamente à Diretoria de Patrimônio, à Auditoria e a Direção Geral.
Aí veio a negativa com a seguinte justificativa que eu vou ler: “Cconsiderando a
solicitação do presente Processo, temos a informação que a entrega dos
jornais nas residências dos Senhores Vereadores torna-se impraticável devido ao
controle. Há necessidade, inclusive, de o Vereador nos encaminhar um atestado,
mensalmente, em receber os jornais em casa ...”, aquela história toda. Até porque a
Câmara precisa prestar contas, ao Tribunal de Contas., Imaginem os sSenhores que estão
nos ouvindo, e falo assim porque o próprio Ver. João Dib fez as suas
colocações, e os Senhores estavam presentes ao Plenário. Cada um de nós recebe
os seus jornais em seus gabinetes, cada um de nós temos o seu telefone no
gabinete, claro que nós pagamos as ligações. Os telefones são da Câmara.
Imaginem que um Vereador, que já aconteceu, solicite que esse telefone seja
ligado em sua residência. Também não é possível. Claro que é diferente o
telefone para o jornal, mas sob o controle da Casa. Então, está a resposta a respeito dos jornais. Esta é a posição da
Diretoria da Casa e nós acatamos. Até quando se fala em Tribunal de Contas, nós
não estamos pensando por causa de um jornal ou outro. Porque se tivesse algum
Vereador recebendo os
seus jornais em casa e outros não, aí seria alguma coisa errada sendo colocada
aqui na Casa, até mesmo a Presidência, não importa, porque todos somos iguais.; Presidente hoje e, amanhã não somos
mais Presidente, será outro companheiro nosso. Nós estamos preparandos, inclusive, para sair no
momento que tivermos a próxima eleição ou até no meiomesmo do mandato. Mas é uma posição conforme orientação da
Auditoria e da Direção Geral da Casa, dos problemas que podem surgir referentes
aos jornais que nós achamos tão pequenos, claro que para uns são tão
desnecessário como o é
para todos.
O Sr. João Dib: V. Exª permite um aparte?: (Assentimento do
orador.) Nobre Ver. Presidente, em absoluto desejo discutir com V. Exª,
acato a decisão de V. Exª, apenas gostaria que ela me tivesse sido comunicada
no mesmo dia. Não tem solução,
vai ser assim, e eu teria aceitadoo. Agora, por favor, não compare o
telefone que está sendo utilizado por mim, mas que é da Câmara Municipal, com o
jornal que me era dado e era
meu, e que eu deixei, não quero mais, não aceito mais, porque volto a dizer: ou
era incompetência administrativa, ou alguma coisa errada. E se eu não posso,
através de um memorando, informar que eu recebia o jornal que era dado e,
portanto, era meu e eu
não o quero mais, dispensei...
O SR. VALDIR FRAGA: Vereador, acho que V. Exª já fez este pronunciamento. Não
quero roubar o tempo dos companheiros Vereadores porque temos muitos processos.
Só estou esclarecendo para terminar o assunto.
O Sr. João Dib: V. Exª trouxe o Tribunal de Contas, o telefone, mas é a
mesma coisa.
O SR. VALDIR FRAGA: Estou trazendo o Tribunal de Contas porque está aqui no
documento, assinado pela Auditoria da Casa. Estou lendo, só.
Não estou inventando.
O Sr. João Dib: Isto pode ser incompetência administrativa, Sr. Presidente.
O SR. VALDIR FRAGA: Tudo bem, V. Exª foi Prefeito desta Cidade.; Ppara uns, fez um
excelente trabalho; para outros, incompetente. Apesar de que eu, quando V. Exª
estava para assumir, disse que era o “Vereador perfeito para ser Prefeito”.
Sempre respeitei as dificuldades de cada um, como a gente conhece que nem tudo
a gente pode fazer. Eu estou respeitando uma posição da Auditoria da Casa aonde
ela coloca no documento do Tribunal de Contas. Não estou
inventando nada. Se eu pudesse, liberaria para V. Exª, como a qualquer outro
Vereador. Agora, os jornais têm o mesmo preço de um telefone, coloquei o telefone porque
também o telefone já foi solicitado por um outro Vereador, que não interessa o
nome. Foi uma pergunta que o Vereador. fez. O telefone é
da Casa,;
os jornais são pagos pela Câmara, são da Câmara, são liberados para os
Vereadores.
O Sr. João Dib: Não, Nobre Presidente, aí é que eu fiquei triste. Os
telefones são da Câmara, em nome da Câmara e aqui ficam. Os jornais são do
Vereador, porque a Câmara dá ao Vereador. O Vereador pode levar.
O SR. VALDIR FRAGA: Veja bem, os jornais são pagos pela Câmara, fica à
disposição do Vereador, mas eu não queria discutir isso.
O Sr. João Dib: Talvez, irregularmente, Sr. Presidente.
O SR. VALDIR FRAGA: Pode ser. Vou encaminhar novamente à Auditoria para dar a resposta a V. Exª. Mas
acho que ficou esclarecido que eu estou obedecendo a orientação da Auditoria,
da Direção Geral, da Administração, e vou tentar melhorar para me tornar menos
incompetente com a minha Diretoria, que tenho uma honra muito grande de estar trabalhando
com ela, que teêm
nos dado bastante satisfação e quando errar, sabe que terá seu caminho, assim
como todos nós. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Valdir Fraga):
Para
uma Comunicação de Liderança, com a palavra o Ver. Isaac Ainhorn.
O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores,. Compareço compareço a esta tribuna
com a mesma preocupação manifestada pelo Ver. Clóvis Brum em relação àas denúncias
formuladas pelo Ver. Edi Morelli, desta tribuna. Quando esta Câmara,
soberanamente, delibera sobre 11 Projetos de Lei, que envolvem profundas alterações na
reforma tributária da Cidade de Porto Alegre, ela não pode ficar silenteciente ante a
gravidade das denúncias,
formuladas pelo Ver. Edi Morelli, em relação a Vereadores que estariam comprometidos com a burguesia na questão das alterações
tributárias. E acho que o Sr. Prefeito, o Executivo, teêm que vir aqui explicar e os
responsáveis, esses funcionários da Secretaria Municipal do Meio Ambiente,
devem ser ouvidos para confirmarem, aqui, as acusações formuladas nessa reunião, pois
esta Casa toda está atingida por essas insinuações e acusações formuladas pelos
funcionários da SMAM,
e aqui trazidas a conhecimento através do Ver. Edi Morelli. Acho que é muito
grave, sobretudo,
quando esta Casa examina esse pacote tributário e há Emendas de diversos
Vereadores. Eu,
pessoalmente, quero dizer que me orgulho de ter apresentado a esta Casa um Pprojeto Ssubstitutivo ao do
Executivo e que estabelece como patamar de reajuste do imposto predial para
1990, a inflação de 1989. Acho que tudo o que for além da inflação, será
penalizar os trabalhadores, a classe média, e quando falo em trabalhadores
estou incluindo os aposentados porque também os atinge. A Restinga,
que tinha 2/3 das suas casas isentas, a partir desse pProjeto apresentado à Câmara
Municipal, essas isenções desaparecem. Portanto, entendo como prioritários,
fundamental, no momento em que esta Casa tem dificuldades temporais na
tramitação desses projetos – motivo pelo qual estou inclinado a que trabalhemos
até o dia 31 – e ainda mais,
agora, em face do ocorrido, que deva-se sustar a tramitação desses projetos até
o Sr. Prefeito esclarecer as acusações formuladas ea que ameaçam a independência e a
soberania do Legislativo Municipal.
Entendo, Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
que tais esclarecimentos são fundamentais para que essastais matérias
possam continuar tramitando normalmente. Sobre as alterações na Lei
Complementar nº 07, dentro das nossas
limitações, já na próxima terça-feira, estaremos ouvindo, nesta Casa, o Conselho
Regional de Contabilidade. Encaminhei pPedido ao Presidente da Comissão que
trata da alteraçãodeclaração do IPTU, Ver. Elói Guimarães, para que ouça as comunidades, a fim de que se discuta
de forma ampla o problema da distributaição. Vvamos trazer aos trinta e três entidades comunitárias da Zona Sul que
protestam contra a violência da penalização do IPTU. Quando esta Casa tenta
examinar esse pacote tributário que aumenta de 4% para 5%
a alíquota do ISSQN, e quando esses 25% vão acabar desaguando no preço
final do produto – e quem vai pagar é o consumidor – nós sabemos como estas alterações no ICMs
que estão havendo, através do CONFAZ, já estão comunicando os aumentos a partir
de 1º de janeiro, porque tem como base o aumento das alíquotas do ICMs sobre os
combustíveis e outros produtos essenciais.
Encerro, Sr. Presidente, mais uma vez reafirmando
que mais
uma vez que o Sr. Prefeito, o Sr. Secretário da Fazenda e todos os
Secretários envolvidos com a reforma tributária devem esclarecer estas denúuncias que foram
aqui formuladas e trazidas ao conhecimento deste Plenário pelo Ver. Edi
Morelli. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: A Liderança com o PT, Ver. Adroaldo Corrêa.
O SR. ADROALDO CORRÊEA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,. Ccabe salientar, na discussão que está sendo feita, e que envolve a Câmara de
Vereadores,
e atos no Município, através do Executivo,, e funcionários seus e a política do
novo perfil tributário que está em anáalise neste Pparlamento, que o episódio de certa
forma é localizado e negado, na autoria, pelo Executivo como um todo. E isto, objetivamente, já foi evidenciado no
gesto do Vice-Prefeito Tarso Genro e, se necessário, e com certeza, ainda que
desnecessário alguém entenda,
aqui, será pronunciado publicamente, também, junto à Direção desta Casa pelo
Executivo na medida que as providênciasmedidas
necessárias já foram tomadas.
Acreditamos que este episódio localizado
não é aquilo que o Ver. Clóvis Brum quis dizer, aqui, como que o corpo inteiro estivesse atingido numa perspectiva de,
raciocinando inversamente, dizer que o Executivo estaria todo ele pensando de
forma como se expressaram os funcionários.
A argumentação lógica de que este Pparlamento convive
com as pressões políticas, algumans se materializando e outras não, não
pode ser inversamente encaminhada à Prefeitura, que repudia o ato de
servidores, e estabelecer uma punição ao conjunto do Executivo. E, também, não pode servir de
motivo para que o conjunto dos funcionários ou o conjunto dos responsáveis
políticos pela Administração sejam chamados como são aqueles que em erro
incorrem e, portanto, estivessem todos eles, neste momento, uniformes no mesmo
procedimento. As pessoas são diferentes, procedem diferentemente e há uma
unidade política na Prefeitura
Municipal de Porto AlegreMPA que estáa sendo expressa pelo Vice-Prefeito
Tarso Genro, neste momento, em relação a esse episódio. O que o Ver. Clóvis
Brum não pode fazer, no nosso entendimento, é deixar de produzir o seu
relatório a respeito do processo que tem. O Regimento Interno da Câmara o impede. O que o Ver. Clóvis Brum não pode fazer é
deixar de oferecer as sugestões, que tenha, para melhorar o Projeto. O mapa a
que ele se refere não incorpora as contribuições do Substitutivo do Ver.
Dilamar Machado, por exemplo, e, portanto, não se aplica ao conjunto da tese em
discussão nesta Casa, neste momento. Até poderia oferecer a sua contribuição em
Ssubstitutivo, para
que a sua contribuição, suas idéias, viessem a ser discutidas e não apenas as
nossas, como costuma acontecer nos debates que, às vezes, se transformam num
mero oposicionismo que se esgota nele mesmo, aqui, nesta Casa, por vezes,
freqüente.
Entendemos
que, se há correções a serem
feitas, devem ser a forma de mediar o nosso interesse, de Bancada e o
Executivo, com as suas Bancadas desta Casa. Agora, elas devem ser apresentadas
em sugestões e se materializarem em Eemendas ao Substitutivo ao Projeto. No
nosso entendimento, não se pronunciar, não oferecer parecer, não produzir
Emendas ou Substitutivo nos levaria a uma situação de procrastinação, de
delonga na análise de
um processo, que não se pode acusar, d e forma alguma,
que não vem sendo, feito nesta Casa. Não temos medo do
debate, temos feito esse debate, vamos fazê-lo na votação, temos a comunidade envolvida na
discussão, pelo próprio Executivo, pela nossa Bancada e as demais, e esse debate se processa nesta
Casa há muito tempo. Aqueles que reclamam, principalmente, que o debate não está sendo feito, são os
que mais debatem,
aqui, e fora o processo,
a partir das informações que detém, ou por serem relatores ou por terem acesso
ao conjunto dos processos do novo perfil da tributação do Município.
Portanto, não procede a mera indignação.
Ela tem que ser materializada e, obviamente, ela tem que estar contida em idéia
oferecida como alternativa ao processo em andamento nesta Casa, em especial este a que se referiu o
Ver. Clóvis Brum. A Prefeitura, seguramente, tem interesse, porque apresentou
o Projeto, e esta Casa tendo interesse nos Projetos, não os negando, querendo
debatê-los, deve apresentar alternativas, ou aprovar a
idéia original. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Wilson Santos.
O SR. WILSON SANTOS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,. eEu quero anunciar que estou tomando
uma iniciativa de organizar os proprietários de veículos a álcool, através de
uma Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos a Álcool. É
inadmissível que o Governo Federal se omita da sua responsabilidade e deixe que
recaia sobre os
proprietários, que são, em última análise, consumidores, uma verdadeira crueldade,
porque o Governo Federal se comprometeu com o pProjeto alternativo., Ppela ameaça da
crise do combustível derivado do petróleo, incentivou e se comprometeu com a
produção do álcool, incentivou e deu todas as condições para as indúustrias automobilísticas
produzirem o carro a álcool, incentivou o consumo do carro a álcool. Milhares,
milhões de brasileiros adquiriram o veículo a álcool, inclusive o governo tirou
do povo, de toda a população, dinheiro, assaltou a população para
poder dar subsídio de incentivo à produção do álcool. Agora, o Ggoverno já deixou
que o preço do álcool subisse a patamares incondizentes. Deixa no contexto do
Programa de Álcool a iminência de um colapso. Já mistura gasolina ao álcool,
impondo um prejuízo ao proprietário da diminuição da vida útil do motor do
carro. Já estamos num perigo ieminente
de mistura do metanol ao álcool, e àa gasolina também, o que será um
atentado criminoso contra a sociedade, contra a Nação, porque nós sabemos que
os países que se atrevem usar o metanol não chegam a uma mistura de 10% e, aqui, nós teríamos uma mistura
superior a 30%. De forma que não resta nenhum outro caminho, a não ser dar
mais um passo na organização da sociedade civil. Que se organize uma Associação
para que, de forma coletiva, nós possamos protestar contra o Ggoverno que toma
medidas até criminosas e que é o primeiro a consagrar a impunidade, neste País, porque é o Ggoverno o
verdadeiro criminoso e quem dá o exemplo de praticar o crime e ficar impune. E
fica impune porque nós, infelizmente, não aceleramos uma marcha capaz de
organizar a sociedade civil. Eu faço um chamamento às associações que tratam do
contexto ambiental do País, àquelas que defendem o meio ambiente,
para que, também, cerrem fileiras com a
Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos a Álcool para que possamos
denunciar esse descaso e o caos que representa o Governo Federal nesta nossa
Nação. Quero dizer que coloco, no meu gabinete, os telefones 25.55.335
e 28.60.55, Ramal 2563, à disposição, para que possamos iniciar uma Associação
Brasileira dos Proprietários de Veículos a Álcool e que possamos organizar toda
a base legal, para protestarmos contra esse descaso e contra este crime
perpetrado pelo Governo Federal. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: Havendo “quorum”, passamos à
ORDEM DO DIA
VOTAÇÃO
PROC. Nº 0916/87 – REDAÇÃO FINAL AO PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 025/87, de autoria do Ver. Hermes Dutra, que acrescenta parágrafo
único ao artigo 13 da Lei nº
3397, de 02 de julho de 1970, que disciplina o comércio de jornais e
revistas nas vias
públicas e outros logradouros públicos e dá outras providências.
O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que o aprovam a Redação
Final do PLL nº 025/87
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO SECRETA – URGÊNCIA
PROC. Nº 2723/89 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
Nº 159/89, de autoria do Ver. Ervino Besson, que concede o título
Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Coronel Dastro de Moraes Dutra.
Parecer Conjunto:
- da CJR e
CEC. Relatora- Geral
Verª Letícia Arruda: pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. Com a palavra, o Ver. Dilamar Machado.
O SR. DILAMAR MACHADO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores,. vVenho àa tribuna mais para que as respectivas
Bancadas da Casa, requisitem aos Vereadores presentes em seus gabinetes a
presença em Plenário. Sabidamente a
apreciação de um título de cidadania necessita de um “quorum” qualificado de
2/3, ou seja, de 22 Vereadores. E nós não estamos, hoje, votando somente um projeto meritório, de autoria do Ver. Ervino Besson, como também homenageando uma
das mais belas figuras humanas desta Cidade. Não se trata, apenas, do pai do Ver. Luiz Vicente Dutra ou do pai
do meu colega de escritório Dr. Tadeu Vieira Dutra, ou do Flávio, ou do Paulo,
da Rosa, nossa colega, assessora do Ver. Jaques Machado, mas trata-se, efetivamente, um ato de
justiça desta Casa de trazer até nós, em breve, a figura humana do Cel.oronel Dastro
Dutra, que eu conheci como homem público quando radialista e ele dirigindo, na
época do Dr. Loureiro da Silva , o Departamento Municipal de Limpeza
Urbana. E isso ele fez com muita competência, com muito carinho e, também, pelas qualidades
pessoais, por que é indiscutível que quando aprovamos um título de cidadania e
conhecemos o cidadão, temos mais condições de julgar o mérito e eu, sem lembrar o “slogan”
do Brizola na última eleição,
eu diria: qQuem
conhece o Cel.oronel
Dastro, hoje, vota no Cel. Dastro. Efetivamente, é uma grande figura de
Porto Alegre, deste Estado, da política sul-rio-grandense e que por certo há de
merecer, desta Casa, votação unânime. Tenho absoluta convicção disto e vou
preparar meu coração rRio-grandense
para que na data da entrega deste título, juntamente com o Ver. Ervino Besson e
com o Ver. Luiz Vicente,
por questões afetivas e extremamente ligadas, familiares, pela descendência
honrosa que tenho certeza que ele guarda na sua alma de ser filho do Celoronel. Dastro, dá-lhe um grande
abraço de um
amigo e admirador e, junto com os demais Vereadores da Casa,
cristalizar um ato de extrema justiça em homenagem mais do que meritória,
justa. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Ervino Besson.
O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente e Srs. Vereadores,. sSe eu subisse a esta tribuna e
dissesse a V. Exª que eu,
hoje, não estaria
acometido de um pouco de emoções, estaria mentindo. De fato, hoje, é um dia emocionante
para mim. Porque nós saindo lá de casa, de uma região distante de Porto Alegre,
e quando que a gente sai do local, imagina alguma coisa, e digo mais,
uma imaginação até um pouco preocupada, assustada, porque nós saímos de um
local distante,.
eE chegando em uma
Cidade grande sempre é motivo de preocupação. Mas, nobres pares desta Casa, com a nossa
chegada aqui em Porto Alegre, tivemos a graça, e tivemos a
oportunidade de conviver e trabalharmos juntos mais de 10 anos com a pessoa do Cel. Dastro
de Moraes Dutra. O Cel.oronel Dastro
representou na minha vida e junto com aquela cComunidade da Cidade de Deus dos longos anos uma história,. uUma história que
fica gravada no coração de cada um de nós, e juntamente com aquele povo que
conviveu essa longa década, juntamente com o Cel. Dastro de Moraes Dutra, pela
pessoa, pelo ser humano que é o Cel. Dastro Dutra. Mas vou lembrar aos
Vereadores desta Casa um ato que muito nos comoveu da nossa convivência junto
com o Cel. Dastro Dutra.
O Sr. João Dib: V. Exª permite um aparte? ( Assentimento do
orador.) V. Exª está falando,
também, em nome da
Bancada do PDS.
O SR. ERVINO BESSON: Muito obrigado.
O Sr. Clóvis Brum: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) V. Exª
fala em nome fala Bancada do PMDB e do PL, também.
O SR. ERVINO BESSON: Agradeço, ficará registrado nos Anais desta Casa, e isto
nos comove e nos deixa muito gratificado. Eu lembro que quando que o
Cel. Dastro de Moraes Dutra ele era Diretor de Presídio Central,
num certo dia aquela comunidade chegou até mim ao qual eu era Presidente do
Clube da Juventude, a comunidade extremamente preocupada veioieram me pedir:
Ervino, nós temos que fazer uma reunião extraordinária, porque nós temos um
problema muito sério para ser resolvido aqui na nossa comunidade. Eu de fato,
reuni o grupo, reuni o Conselho, para ver do que se tratava. Os moradores estavam
extremamente preocupados porque corria a notícia de que o Cel. Dastro iria
trazer para trabalhar no serviço externo da Cidade de Deus, dentro do
Secretariado da Ação Social da Arquidiocese de Porto Alegre, pessoas do
presídio. Logicamente,
a comunidade ficou preocupada com a notícia. Disse à comunidade: se isso que
vocês estão sabendo parte do Cel. Dastro Dutra, vocês fiquem tranqüilos. Como todos nós
conhecemos o Cel. Dastro,
sabemos que a atitude dele jamais é motivo para nos preocuparmos.
Portanto, a comunidade ficou em silêncio,
mas preocupada. Mas vejam V. Exas que os presos vieram e, trabalharam na Cidade de Deus,
trabalharam na construção do Ssecretariado
da Ação Social da Arquidiocese de Porto Alegre, ao lado da Zero Hora, sequer houve um dia
que seja com qualquer problema com aqueles presidiários. A pessoa do Coronel
representou muito para aquela construção, e juntamente com a mão- de- obra daqueles
presos.
Portanto, Eencerro, Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, deixando aqui um pedido aos nobres pares desta Casa, para que dêem
o seu voto ao título de Cidadão de Porto Alegre ao Cel. Dasto Dutra, porque é
um homem que ficou gravado na nossa mente, e ficou gravado
na história de nossa Cidade, principalmente daquela comunidade da Zona Sul,
onde ele muito representou e muito representa, até hoje. Nós estamos dando o título de
Cidadão de Porto Alegre, tenho certeza, a uma pessoa que merece e merece muito.
Sou grato. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Lauro
Hagemann): Para discutir, a palavra com o Ver. Heriberto Back.
O SR. HERIBERTO BACK: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,. vVou ser rápido, até porque, como diria
o Ver. Dilamar Machado, de repente, tiramos o “quorum”, mas não creio que isso
aconteça. Quero dizer que votarei a favor, assim como a Bancada do Partido dos
Trabalhadores também irá votar a favor. Poderia até, parecer que, por
ter sido um Coronel o pai do Ver.
Vicente Dutra, a Bancada do Partido dos Trabalhadores pudesse votar contra. Foi
dito pelo Ver. Dilamar Machado, que era uma grande figura. O Ver. Ervino
Besson, também, assim se referiu. Quero
dizer, entretanto, que não é só o Celoronel. Dastro, que não conheço, mas a palavra dos
meus companheiros para mim é suficiente, que é uma grande figura humana.; Oo Ver. Vicente Dutra também é uma
grande figura humana, e este Vereador teêm divergências políticas, mas isso é
um outro problema. Fiz questão de vir à tribuna, porque valorizo
demais aquilo que se diz que é uma grande figura humana. No momento em que se
fala tanto da direita, da esquerda, e acredito que tanto uma como outra vai
continuar existindo, o fato de ser uma grande figura humana não é privilégio nem da esquerda, nem da direita. Existem
grandes figuras humanas tanto de um quanto de outro lado, assim como existem
cruéis figuras humanas num e noutro lado. Permito-me fazer uma consideração e
um apelo aos meus diletos amigos da Bancada do PDS que, a meu juízo, tem grandes
figuras humanas. Há dias eu comparava a atitude do candidato Collor de Mello e
pensava nos meus amigos de Bancada do PDS. Ficava pensando que essa coisa não
casa bem, porque eles são homens de Partido, homens honestos e vou fazer a eles um apelo
para que reconsiderem o voto porque eles não são fascistas. O Collor é um
fascista, mas eles não o são, são grandes figuras humanas. E como me surgiu
esta oportunidade, estou fazendo este apelo para essa reconsideração, porque
acho que, hoje, há uma divisão entre os
homens de bem e o atraso.
Para concluir, Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, queria agradecer
a atenção e dizer que nós vamos votar a favor por se uma grande figura humana,
por ser pai do Ver. Vicente Dutra, que também é uma grande figura humana, e a pedido do Ver.
Besson, que além de político é homem de esquerda, é uma grande figura humana.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrada a discussão. Em votação. Não havendo quem queira
encaminhar, passaremos à votação do PLL nº 159/89.
Convido os Vereadores Leão de Medeiros e
Heriberto Back para escrutinadores, uma vez que a votação é secreta.
Solicito ao Sr. 3º Secretário para
proceder a chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.
O SR. 3º SECRETÁRIO: (Após proceder à chamada.) Votaram 32 Srs. Vereadores, Sr.
Presidente.
(É
procedido o escrutínio.)
O SR. PRESIDENTE: APROVADO o Projeto por 31 votos SIM e 01 ABSTENÇÃO.
Sobre a mesa, Requerimento deo autoria do Ver.
Ervino Besson, solicitando seja o PLL nº 159/89 dispensado de distribuição em
avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta
data.
Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APOROVADO.
DISCUSSÇÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. Nº 3217/89 – PROJETO DE DECRETOLEI DO LEGISLATIVO Nº 025/89, de autoria da Comissão de Justiça e Redação,
que autoriza o Sr. Prefeito Municipal de Porto Alegre a afastar-se do Estado no
período de 08 aà
09.12.89.
Parecer:
- da CJR. Relator Ver. Décio Schauren: pela aprovação.
O SR. PRESIDENTRE:
Em
discussão. (Pausa.) Não havendo quem queria discutir , em votação.
Com a palavra, para encaminhar, o Ver. Clóvis Brum.
O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, vou encaminhar
favoravelmente ao pedido de licença do Sr. Prefeito, porque a proposta original
objetivava uma viagem a São Paulo para participar de um programa de televisão
onde seria debatido, além da campanha presidencial, a situação das prefeituras.
Posteriormente, Sr. Presidente, este programa foi suspenso e o Prefeito Olívio
Dutra encaminha uma nova solicitação, pedindo licença para participar do evento
da campanha Frente Brasil Popular, sem ônus para o Município.
Estamos a poucos dias das eleições
presidenciais. Não vai ser uma viagem a mais, uma a menos que vai prejudicar
esta Cidade e até porque, indiscutivelmente, a presença de uma das maiores
lideranças da Frente Popular aqui no Rio Grande do Sul, neste evento em São
Paulo, contribuirá e muito para a campanha do Dep. Lula. O Dep. Lula, do PT, a quem nós do
PMDB, eu o Ver. Airton Ferronato, que já se manifestou
neste sentido, votamos para Presidência da República. Acho, Sr. Presidente e
Srs. Vereadores, que ao encaminhar favorável ao pedido de afastamento do
Prefeito estamos politicamente reafirmando a nossa convicção e o nosso voto ao
Dep. Lula. Que o Prefeito,
que viaja sem ônus para o Município, possa ter um bom desempenho neste final de
trabalho que tem um sentido maior, Ver. João Dib, que é o fortalecimento da
democracia.
Há momentos, Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, em que a democracia exige uma cota de participação e renúncia de
todos nós. Neste caso, eu, que sempre que combati as licenças do Prefeito,
para fins eleitorais, digo que nesta viagem, ao final de uma campanha que
resgata 30 anos de ditadura neste País, vale a pena, Sr. Presidente, abdicar de
certos princípios e acreditar
que, afinal, são três décadas de penumbra, de escuridão na vida democrática deste
País. E mais do que isto, são cem anos, um século, em que,
pela primeira vez, um trabalhador, rigorosamente um trabalhador,
é candidato àa
Presidência da República.
Votamos favorável, Sr. Presidente, àa licença do Prefeito Olívio Dutra, sem ônus
para o Município, na certeza de que ela contribuirá para a vitória do candidato
das forças populares brasileiras, o Dep. Lula. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESDIENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Sobre a mesa, Requerimento de autoria do
Ver. Flávio Koutzzii, solicitandomos seja o PDL nº 025/89 dispensado de
distribuição em avulsos e interstícios
para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
PROC. Nº 2476/89 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
043/89, que autoriza a subscriçãoões de ações da Companhia Carris
Porto-alegrense e dá outras providências.
Parecer Conjunto:
- da CJR, CFO, CUTHAB. Relator- Geral
Ver. Nelson Castan: pela aprovação.
A Mesa suspende os trabalhos para que o
Relator Geral, Ver. Nelson Castan, possa dar parecer às Emendas.
(Suspendem-se oOs
trabalhos são
suspensos às 12h16min.)
O SR. PRESIDENTE (Valdir Fraga
- às 12h22min, reassume a direção dos
trabalhos): Estão reabertos os trabalhos. Vamos explicar para o Ver.
Cyro Martini. Nós vamos manter a discussão primeira da CARRISarris, até porque o Ver. Dib já
tinha feito a inscrição, e o Ver. Vicente Dutra também.
Com a palavra, o Ver. João Dib.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o. O Projeto de Lei que deverá ser
votado nesse momento tem importância transcendental para a vida da Cidade.
Todos os Vereadores têm falado, aqui, sobre intervenção, sobre transporte
coletivo urbano e tem que considerar o que está acontecendo neste momento. Não
é a primeira vez que veêm
à Casa Projeto de Lei transferindo recursos para a Cia. Carris Porto-aAlegrense. Eu mesmo, como Prefeito, fiz no mínimo duas
vezes. Mas, a
novidade é que a atual Administração, a teimosa Administração, e eu chamo a
atenção dos Srs.enhores
Vereadores, só fala em encampar, só fala em intervir e não tem dado prova de
que melhorou o sistema de transporte coletivo urbano, não está dando melhor
atendimento à população em nenhuma das suas metas, nem na renovação da frota,
nem na melhoria dos horários, e nem na contenção da tarifa. E até, de repente, fazem uns cálculos que
hoje dá para comprar com o salário mínimo, hoje, mais tarifas do que no passado, esquecendo
que o Ppresidente
Sarney modificou o salário mínimo., Eentão, deu um valor muito maior, agora, dois ou três
meses atrás em relação ao piso básico nNacional anterior.
Mas, de qualquer forma, Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, uma coisa é importante no transporte coletivo, é racionalização. Até o
Ver. Zanella teêm
uma Emenda,
dizendo que os ônibus a serem comprados pela CARRISarris,
metade sejam colocados na Restinga, no mínimo a metade. Eu votei rotundamente
não, contra, como votei contra a Emenda do Ver. Flávio Koutzii, como vou votar
contrariamente ao Projeto, porque há de ter racionalidade. E a Administração ppopular está
mostrando que não entende de operação de sistema de transporte. Como é que alguém vai levar a
SOPAL a transportar na Restinga, a SOPAL que tem a sua garagem lá do lado da
sede da FIERGS, nº 8 mil e alguma coisa, da Av. Assis
Brasil, que se tiver que socorrer alguns de seus carros que tem que se
movimentar 40 ou 50 km ou mais até, ida e volta, para que o carro possa ser
atendido. Há necessidade de gente da Zona Sul atender a Zona Sul; da Zona Norte
a Zona Norte, da Zona Leste a Zona Leste. O que está fazendo a popular
administração agora? Levando ônibus da CARRISarris, da SOPAL, da
VTC. Ela vai complicar mais quatro4
empresas, porque a Belém Novo só não pode suportar a linha da Restinga porque a
CarrisCARRIS, a grande
beneficiada do sistema do transporte coletivo pela tarifa que tem, não deu a sua parte da tarifa social que está
imposta no transporte coletivo. E não tem explicação diferente, uma vez que a
linha da Restinga teêm
66 kmKM
em números redondos, ida e volta, e, leva 120 passageiros, na média; vale
dizer que transporta 66 kmKM,
faz uma arrecadação de 204 cruzados.
Agora, a CARRISarris aqui na
Independência/Auxiliadora, nos mesmos 66 kmKM, faz seis6 viagens redondas,
e para dizer que não transporta muito pouco, nas 6 viagens, eu diria 600
passageiros. Seiscentos passageiros a 1,70 cruzados e 70, dá 1.020 cruzados e. eEnquanto um
arrecada 204 cruzados, o outro arrecada 1.020
cruzados. E esse que arrecada 1.020 cruzados é que está precisando de dinheiro do
Município, eé
esse município que quer encampar e fazer mais
empresas sob o seu controle. É por isso que este Projeto tem transcendental
importância para a história da Cidade. Tem que ser negado! Nós vamos dar
terreno para a CARRISarris?
Nós vamos dar três3
milhões e meio de cruzados corrigidos? AÀ Belém Novo está precisando muito
menos do que isso para sobreviver e isso a CARRISarris arrecadou e
não lhe deu. É importante para todo aquele que aqui veêm falar sobre transporte coletivo
urbano que se conscientize que nós estamos brindo uma oportunidade séria para o
Sr. Olívio Dutra continuar falando em encampação.! Porque o Município, que não tem
dinheiro para pagar 1.385 pensionistas, tem que equacionar como vai pagar os dois2 milhões de
cruzados, terá três milhões e meio corrigidos para dar para a CARRISarris! Por que para a CARRISarris? A história
transporte da Cidade mostra que a CARRIS arris existe porque,
o Prefeito, não querendo que a tarifa passasse de 50 para 80 centavos, encampou
a CARRISarris.
Primeira medida: passa para 1 cruzado. E, aí, nós estamos pagando a CARRISarris até hoje. E a
Administração Popular, teimosamente, pretende ampliar a área de atuação ndo Município. Vejam
os Senhores que a carrisCARRIS, que teêm tarifa acima de todas as empresas
particulares da Cidade, que teêm
as melhores condições, que não paga ISSQN nunca, vai receber três3 milhões e meio do
Município que não teêm
um tostão, que não podem pagar os funcionários, tem que fazer
um parcelamento do pagamento.!
E nós teremos autoridade moral de passar dinheiro do Município que o Prefeito
declara falido, que paga 104% da sual arrecadação na folha de pagamento de
pessoal, mas mesmo assim consegue colocar em dia fornecedores e empreiteiros
que estava atrasados desde a aAdministração
passada? O Município que não pode pagar os funcionários,
pode dar dinheiro para a CARRISarris?
Não, ele tem a CARRISarris
para explorar posara
quem sabe explorar um transporte coletivo! É extremamenteatamente sério o Projeto de Lei que
vai ser votado aqui! Não pode ser dado um centavo à CARRISarris! A CARRISarris tem todas as
condições de tarifas que as outras empresas não teêm,! eE a CARRISarris porque não está sobrevivendo, a CARRISarris que tem
duzentos dos seus funcionários pagos pelos cofres do Município, e pagos
regiamente. A CARRISarris
não pode receber desta Casa nenhum recurso, nenhum apoio.
Estamos
votando, neste momento, o sistema de transporte coletivo da Cidade e apelo aos
meus pares que rejeitem a proposição do Prefeito. Se as empresas de transporte
coletivo, sob intervenção, recebem todos os adjetivos possíveis
dasabonatoriamente, e a CARRISarris,
a CARRISarris
que tem tarifa melhor do que as empresas de transporte coletivo urbano, melhor
não, não vou fazer injustiça, muito melhor, esta precisa de recursos do
Município! Algo está errado nas contas do Prefeito da Cidade. As empresas têm as tarifas
muito menores do que a CARRISarris, a linhas da
CARRISarris
são mais curtas. Eu falei nda
linha da Restinga, mas poderia me referir à linha do Canta Galo, que é da
empresa Belém Novo e que tem 54 quilômetros para ir e 54 para voltar, ao todo
108 quilômetros e cobra um cruzado novo e vinte centavos. Se eu fiazer a conta da
linha Canta Galo, então o negócio é muito sério. Cento e oito quilômetros
divididos por doze,
isso dá nove viagens na Auxiliadora, 300 passageiros da Auxiliadora e não deve
dar 100cem
no Canta Galo. Todas as linhas da CARRISarris são melhores
do que qualquer linha particular, estou dizendo isso porque eu tenho
acompanhado as informações da própria Cia CARRISarris e e é a essa empresa
que se pretende ampliar ou até criar uma outra CARRIS,arris por aí afora, é que estamos dando
recursos. Disse o Prefeito que a SOPAL, que é maior do que a CARRISarris, teria uma
necessidade de 2 ou 3 milhões de cruzados. Qual a diferença entre a SOPAL e a CARRISarris? Todas as
duas empresas transportam, e a SOPAL que o Prefeito diz tão desestruturada, tão
desorganizada, vai socorrer, lá do outro lado da Cidade, a Restinga. A
Administração Popular na área dos transportes vai deteriorar o sistema completamente. É
por isto que peço, insisto, reitero: rejeitem, porque nós temos a
responsabilidade com a Cidade. E no momento em que temos responsabilidade com a
Cidade nós estamos permitindo que haja expansão da Cia Carris Porto-alegrensCARRISe, nós estamos trabalhando
contrariamente àqueles que nos apontam para sermos representantes. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. RPRESIDENTE:
O
próximo orador é o Ver. Artur Zanella.
O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores,. Hhá determinado tempo atrás
vim a esta tribuna respondendo a um Vereador do PT que não tenho certeza,
agora, e por isso não cito nome. Dizia que este projeto estava errado. E que as
diligência do relator Nelson Castan e das Comissões já tinham indicado isto, que estávamos,
demorando para s votar
para, consertar o Pprojeto.
Efetivamente, hoje, numa Emenda do Ver.
Flávio Koutzii, o Pprojeto foi
consertado. E para o Ver. Antonio Losada, que não estava aqui, o projeto veio:
até 3 milhões de cruzados, sem correção. E trazia três tipos de recursos, uma
isenção ou uma anistia do ISSQN, que já está mais de um1 milhão, um terreno que custava 800
ou 900 mil cruzados, e está quase três milhões, e mais
1.700.000,00. Então, se não fosse a Emenda do Ver. Flávio Koutzii, a CARRISarris, em vez de
receber dinheiro, ia ter que pagar para a Prefeitura, vender um terreno e devolver dinheiro, ainda, para
a Prefeitura. Este
Projeto veio errado, está desde junho aqui e só vai ser consertado em
dezembro.
Então, agora, sim, não estamos
mais aprovando três3
milhões e quinhentos mil cruzados, estamos aprovando oito 8 a dez10 milhões, o que é
outra coisa. Agora, sim, este projeto ficou tecnicamente correto, só que não
são mais três milhões e meio, é de 8 a 10 milhões, não fiz o cálculo,
porque estes valores estão defasados.
Então, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, vou votar
a favor deste Pprojeto,
esperando que a CARRISarris
tenha uma administração mais pé no chão. Vamos dizer sim. Mas eu diria, Sr.
Presidente, Srs.Vereadores, que desde o iníicio do ano, quando diziam que a CARRISarris estava
transportando mais do que podia, e nós dizíamos, aqui, que a CARRISarris ia
chegar um dia em que não teria
condições de agüentar. Não há ônibus que resista a uma carga desse tipo., Nnos tempos da
intervenção, ao que consta, eu não vi, mas me informaram que
andava um ônibus da Carris CARRIS lá pelo Lami, perdido, transportando
pessoas, com motoristas
que muitas vezes nem sabiam o percurso. Então, em transporte não se inventa, transportes
têm regras, seja qual for o Secretário que for para lá, as regras são as mesmas,
e as tarifas são as mesmas.
Agora se coloca a situação: a Carris CARRIS precisa de um
determinado recurso, porque senão vai pagar a sua renovação de frota e
ampliação dos seus serviços.
O Sr. João Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu
quero cumprimentar V. Exª pelo cuidado que teve em avaliar a Emenda apresentada
pelo Ver. Flávio Koutzii. Realmente os três3 milhões e meio passaram, a partir de
dezembro, a treze13 milhões de cruzados. Mas, o Executivo não
teve o mesmo cuidado com o salário dos seus servidores, que será pago, parceladamente, no dia 13 de dezembro,
não tem correção monetária. A CARRISarris precisa dos
servidores municipais? Não!.
O SR. ARTUR ZANELLA: É que os servidores municipais têm parentes e amigos, os
ônibus da CarrisCARRIS, não.
Então, Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
isso vai consertar uma situação anômala. Eu próprio, em conversa com pessoas da Administração
Popular, ainda disse para eles: querem os 51%
do transporte, pois reforcemoferecem os 51% do transporte na própria CARRISarris. Façam mais
linhas transversais e o dia em que houver um problema, qualquer que seja ele,
um colapso, uma greve, seja
lá o que for, essas linhas transversais podem ter suas linhas diminuídos, os
ônibus são jogados na radiais e o controle fica perfeito. Isto foi dito no
gabinete de um alto executivo mMunicipal e ele me deu toda a razão, e
até nós estamos fazendo um trabalho para encaminhar isto para ele.
Muito mais fácil, Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, e agora abandono um pouquinho a CARRISarris, é muito mais
fácil fazer o que o Ver. Antonio Hohlfeldt propôs na sua carta, que eu propus a um alto
dirigente municipal. Pois acabem com a intervenção da VTC, da Trevo,
obriguem-nos a ocupar esse espaço, porque se continuar a VTC e a Trevo operando
isoladamente, seja com intervenção ou sem intervenção, a VTC e a Trevo vão
quebrar igual está quebrando a Belém Novo., Ssó tem uma solução naquele eixo de transporte, ou a Belém fica com a Trevo e
a VTC em uma mesma empresa ou a VTC e a Trevo ficam com a Belém Novo ou a CARRISarris fica com as
três, mas não pode operar o transporte na Zona Sul com empresas em concorrência, porque
quantdo
mais se colocar ônibus na CARRISarris,
de qualquer empresa, na Restinga, eles vão tirar os passageiros da Trevo e da
VTC, e todo o passageiro que sair da Trevo e da VTC ele vai perder o passageiro
e tem que tirar dinheiro do bolso para pagar o repasse. Se ele tiver dois
milhões de passageiros/mês, uma empresa baixa para um e meio, Ver. Losada, ele perde quinhentos
passageiros e tem que pagar, esses quinhentos passageiros para
quem lhe tirou.,
Sse premia quem traz
o prejuízo, isto é absolutamente irracional. Então, é uma oportunidade rara de se fazer agora isto. Mas já que a
Administração atual optou por colocar lá a CARRIS,arris que é semi-absurdo técnico, que
está tirando ônibus lá da Albionm para levar o transporte da CARRISarris na Restinga, tudo bem, vamos dar os recursos. O absurdo
total é levar o ônibus da SOPAL, que faz 50, 60 kmKM para chegar na
Restinga e fazer duas viagens por dias, que não estão fazendo ainda, só os da VTC e Trevo. É o maior absurdo que
esta Cidade vai ver, sair o ônibus lá do final da Av. Assis Brasil,
para ir para a Restinga e fazer duas viagens por dia, porque não tem como fazer
mais na hora do pico.
O SrR. AirtoIRTON FerronatoERRONATO: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Efetivamente, a Emenda do Ver. Flávio Koutzii aprimora o Projeto. “O valor do
aumento do capital autorizados era mensalmente reajustado a partir
do mês de setembro, com base...” No nosso entendimento, está faltando um limite
superior, ou seja, até que data. Vai ser reajustado de setembro até quando, mês
a mês?
O SR. ARTUR ZANELLA: A Emenda do Ver. Flávio Kpoutzii me parece
que se extingue no momento em que houver efetivo repasse do recurso do terreno
e, evidentemente, a CARRISarris vai ter que
fazer uma assembléia geral para receber estes recursos. Mas encerro, defendendo em meio
segundo a minha Emenda. Eu estive lá na Restinga. O Ver. Luiz Machado tinha um
representante lá, a Verª Letícia e o Ver. Besson estavam
lá, e a maior reclamação dos moradores era a garantia de que aqueles ônibus da
CARRISarris
lá permaneceriam. Em segundo lugar,
existe um folheto na Vila, dizendo que os culpados pela não presença dos ônibus
na Restinga eram os Vereadores, que não votaram o projeto, e que no dinheiro era
para levar o transporte para a Restinga. Dava a entender que era para levar os
ônibus para a Restinga. Então, a Emenda foi modesta, 50% já está bom. E eu
quero dizer euque toda
a Emenda que sai sobre a Restinga, normalmente, tEêm a minha assinatura, ou do Ver. Luiz
Machado, ou do Ver. Edi Morelli. Luiz Machado e Morelli porque moram naquela
zona, e eu, porque
tenho efetivas ligações. Então esta vai com a minha assinatura por uma questão
burocrática de quem chegou no protocolo primeiro. Mas o Ver. Luiz Machado, desde aquele
momento, sempre
manifestou integral interesse para que houvesse uma emenda deste tipo
garantindo os ônibus da CARRISarris
na Vila Restinga. Eu digo isto como uma questão de justiça a uma pessoa que
tanto trabalhava pPela Vila. Sou grato.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Lauro Hagemann): Com a palavra, o VevEr. Vicente Dutra.
O SR. VICENTE DUTRA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,. aA proposta que esta Casa está
examinando, nesta
tarde, vem confirmar
de uma forma muito clara que este Vereador e outros Vereadores, aqueles que
perfilam pela iniciativa privada no serviço público, como disse, confiormea todas as
assertivas que nós temos, reiteradamente dito desta tribuna.
Aqui está a prova provada que o serviço público
desenvolvido pela iniciativa pública apresenta as distorções econômicas,
financeiras, e administrativas. Está amplamente
comprovadao
nesta proposta.
O Ver. João Dib foi muito claro quando
colocou a sua posição e deixou emcomo aberto à Bancada como
democraticamente nós fazemos nestas questões, o seu apoio ou não,
à meédida.
O SrR. AdroaldoDROALDO CorrêaORREA:
V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Aa sua posição, eu não vi se V. Exª estava presente, no
momento em que se votou a Moção, de autoria do Ver. Nelson Castan, em relação ao BRDE. Qual
é mesmo?.
ProvavelmetneProvavelmente há uma
contradição de Vossa
Excelência . Exª.....
O SR. VICENTE DUTRA: Não, ao BRDE sou francamente favorável ao BRDE. Aí é
diferente, é um banco
de fomento.
O Sr. Adroaldo Corrêa: Éé uma iniciativa
pública...
O SR. VICENTE DUTRA: Mas é um banco de fomento. É um tipo de serviço que pode
ser executado pela iniciativa pública, assim como sou favorável ao Banco do
Brasil.,
Aagora, serviço tipo
transporte, recolhimento de lixo, asfaltamento, pavimentação, tranqüilamente,
se a iniciativa privada, fizer a preço mais barato, temos a
obrigação de decidir pela iniciativa privada. O contrário seria jogar dinheiro
fora, isto o Ver. Dib foi muito claro neste aspecto, é jogar dinheiro fora. Se
está sobrando dinheiro,
em Porto Alegre, então vamos fazer saneamento básico nas vilas, por exemplo,
vamos melhorar as condições das escolas, vamos colocar pavimentação em tantas e
tantas avenidas, vamos colocar mais iluminação, que é a dificuldade da
Prefeitura, e nós
reconhecemos esta dificuldade. Agora, estar socorrendo uma empresa que
teimosamente, e aqui não culpo, absolutamente o PT, isto aqui já vem
há muitos anos e o PDS,
lamentavelmente,
incorreu neste erro também em manter aquela empresa da forma como manteve. É.é uma teimosia,
desculpem, burra, nossa, do Município, em manter um serviço que não funciona.
Está aqui a prova. É dinheiro posto fora, dinheiro do Município.
O Sr. João Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre
Vereador, eu também votei favorável àa proposição do Ver. Nelson Castan de
apoio ao BRDE, mas o BRDE, àa
semelhança que V. Exª em seguida alertou – o , Banco do Brasil,
Banco do Eestado
do Rio Grande do Sul, os bancos estaduais e as caixas econômicas – é , é auto-suficiente
e se o BRDE chegou a onde está é porque o Governo, os três
governos do Sul não lhe pagaram, não saldaram o seus débitos. Não é porque
gaste miais do que arrecada, não
porque emprega mais gente do que precisa. Não porque se faça ingresso sem
concurso lá no BRDE.
O Sr. Nelson Castan: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu
lamento que todos os dados, todo o conhecimento que V. Exª se baseia para
emitir opiniões sobre a companhia CARRISarris, assim com o
os dados e os elementos que dispõe o Ver. João Dib são muito defasados. Eu fico
assim me perguntando, me questionando: como que o Ver. João
Dib, que é conhecedor do assunto ainda não sae atualizou a
respeito da Companhia Carris Porto-alegrense.
O SR. VICENTE DUTRA: V. Exª fala, em tese, que estamos desatualizados, mas não diz onde estamos
desatualizados. Aqui temos um fato concreto, bem atual, são 3 milhões e 300 mil
cruzados que têm que sair do bolso do povo, do Povo de Porto
Alegre, é dinheiro que poderíamos melhorar as escolas, fazer mais creches, além
disso dar um terreno, porque pelo que eu sei, a filosofia agora do Governo
Popular não é doar terrenos para mais ninguém., Iinclusive, há várias propostas apresentadas pelos
Vereadores do PTt
no sentido de que não se doe terreno para mais ninguém. No entanto, está sendo dando a uma
companhia do
Município que teimosamente o Município teima em manter para tirar
dinheiro. Esse é o fato concreto, Vereador. Nós estamos tirando três milhões e
quinhentos mil do pPovo
de Porto Alegre. Uma Cidade, que eu digo e repito, aqui, a Cidade mais
pobre do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre é disparada a Cidade dos
mais pobres, nós temos quatrocentos mil pessoas vivendo na periferia, exigindo
saneamento básico, que é caro, mais escolas, mais segurança, aa iluminação da Cidade está
deficiente, mas nós mantemos por teimosia, ou por filosofiaa – entre entre aspas – es esse serviço e
estamos tirando lá dos
nossos cofres, em todos os governos, aqui a minha culpa do Governo que eu
representei, do PDS, eu assumo também. Se bem
que sempre contestei contra issto, razão pela qual eu fiz questão de
apresentar a primeira proposição, nesta Casa, primeira que deu entrada na Lei
Orgânica, de nº 001, dizendo que
quando o serviço privado,
comprovadamente, for
exercido mais barato do que aquele que é mantido pelo heorário, que é esse caso
aqui, se façao
o serviço privado. E citei,
aqui da tribuna, o
caso da NASA. A NASA é uma grande empresa que manda artefatos complicadíssimos
para todo o mundo, aterrissou na lua aquela coisa toda, e não fabricam
parafusos. Sserá
que o americano é burro? Para burro não dá. Ele pega todo o parafuso e as
máquinas e contrata,
inclusive, os
astronautas da área privada. Por quê? Porque é mais barato, mais eficiente.
Porque vai manter toda essa estrutura se ele pode chamar e trazer.
O Sr. Nelson Castan: V. Eexª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Vicente Dutra, eu acho que
está havendo, digamos assim, na sua posição, no s eu pronunciamento, uma predominância
de um princípio ideológico no sentido mais amplo, mais teórico de dizer não aa
qualquer iniciativa do Poder Público. O que estea Projeto pretende é simplesmente um
aporte de capital, em
qualquer iniciativa privada isto acontece, um aumento de capital, um a
entrada de novos recursos para a expansão de uma empresa. O fato, em si, é um fato corriqueiro., Eentão, eu não vejo
issto
como uma demonstração, uma evidência da incapacidade, ou da ineficácia, ou da
ineficiência da Cia. CARRISarris, no caso. Estou achando
que neste pronunciamento está havendo, digamos assim, a opção por uma idéia genérica teórica,
em defesa do privativo no
sentido amplo e V. Exª está esquecendo os benefícios que isso traz para a
população de Porto Alegre ao reforçar uma empresa que destina os seus serviços
à população.
O SR. VICENTE DUTRA: Vereador, a minha posição não tem nada de ideologismo,. aAbsolutamente nada . Ela está baseada, simplesmente, na observação financeira e -administrativa,. sSó isso. Nada de ideologismo, aqui. V. Exª disse que é
apenas uma transferência de capital. Tudo bem. Isso é uma forma de dizer que
estão tirando dinheiro de impostos, dinheiro que é do Município, que poderia
ser aplicado em outras
atividades, para
jogar numa empresa que está precisando deste dinheiro, porque se elas pudessem
se manter como se faz
na iniciativa privada, ela buscaria dinheiro de outra forma, não dos cofres
públicos. Ninguém transfere dinheiro para a SOPAL, ninguém transfere dinheiro
para outras companhias privadas, aqui, de transporte. Por que a
CARRISarris
tem que ser diferente? Porque ela está necessitando. Se ela está necessitando,
confirma toda a nossa colocação, sem ideologismo, porque não tem ideologismo
nisso, é apenas uma constatação econômicao e administrativoa. E, aliás, baseado nisso, só
nisso, absolutamente nisso, é que o leste europeu está se modificando hoje. Só por isso, porque
quando entrega um trator na Ucrânia tem que fazer um documento encaminhando
para a Ccomuna;, a Ccomuna manda não
sei para onde, depois vem uma grande burocracia, por quê? Porque o dono não
está ali para mandar consertar aquele trator que certamente se consertaria
através de um torno, através de uma iniciativa
inteligente, aquele trator como é do Estado, que se dane o Estado. Se uma vaca
fica atolada lá no meio da neve, uma neve extemporânea, o dono vai acordar de
madrugada para tirar a vaca? Se a vaca é do Estado? Se ele é o dono da vaca,
ele acorda de madrugada com os seus filhos e vai lá tirar a vaca. Estou dando
exemplos, aqui, muitos singelos para
demonstrar que não tem nada de ideologismo nisso. ÉÈ apenas uma constatação financeira,
econômica e administrativa. Em função disso está tudo mudando lá. Não
vamos fazer o contrário agora..
Não vamos entrar neste chavão que se diz muito, mas que é uma verdade, na
contramão da hHistória. Ppor isso
lamentavelmente, embora entendendo as dificuldades da CARRISarris, mas para
manter a coerência com a minha posição, vou votar contra. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Nelson Castan.
O SR. NELSON CASTAN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, nós tivemos a condição, o
privilégio de sermos o relator deste Projeto de LeiL e demos um parecer favorável por várias razões. Em primeiro
lugar, por conhecer
de dentro, nos detalhes, o funcionamento, as necessidades, a natureza da Cia.ia Carris Porto-alegrense. Em segundo lugar, por entender que
uma atividade econômica que mostra ter um potencial muito grande e que presta
um serviço relevante à população de Porto Alegre, não tem por que
não ser apoiada. Eu estava ouvindo, atentamente, os pronunciamentos dos Vereadores João Dib
e Vicente Dutra, que me honrou com umo aparte, e vejo que pesa,
sobre esse assunto, uma certa ortodoxia privatista que eu entendo não se aplica
neste caso. O Ver. João Dib – nós já tivemos outras oportunidades de discutir
esse assunto aqui na Câmara de Vereadores – ao afirmar, erroneamente, na minha
opinião, que a tarifa da CARRISarris
é privilegiada, peca por ter uma visão apenas financeira do problema e leva em
conta uma visão mais abrangente que seria econômica. Pporque eu já disse, aqui, inúmeras vezes, Ver.
João Dib – eu acredito que nós vamos continuar divergindo por muito tempo, mas
vamos tentar aprofundar o conhecimento sobre essa matéria – que quando se faz
esse confronto de números que V.Exª, com relação ao IPK, é evidente que a receita da CARRISarris, pelo fato de
ter algumas linhas mais curtas e transportar um número maior de passageiros, é
privilegiada.,
Pporém, a Cia. CARRISarris tem uma frota
cuja idade média é bem menor do que as demais empresas de Porto Alegre. Este
fato gera uma necessidade de reposição dessa frota mais volumosa, é um capital
maior,, porque os valores
patrimoniais que representam esses ônibus de idade média menor,
exigem, num cálculo de depreciação, um retorno maior para que se reponham
ônibus e se mantenha a idade média de veículo que a Carris CARRIS tem e que nenhuma
outra empresa de Porto Alegre ostenta.
O Sr. João Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre
Vereador, V. Exª ainda não estava na escola
estudando economia quando eu já calculava tarifas em Porto Alegre. Os
argumentos que V. Exª está trazendo à tona, dão à CARRISarris uma frota
excelente e, portanto, uma manutenção mais baixa do que aquelas que têm linhas
ruins como a Restinga ou lá na SOPALopal, eventualmente. Então, os
argumentos são contrários. A CARRISarris deveria ser
auto-suficiente e a tarifa é igual para um e para outro. Assim, se estamos
analisando economicamente o problema, vamos dar 13 milhões de cruzados
para a CARRISarris, hoje, quando com essa
importância consertaríamos todos os problemas das empresas particulares, se é que elas têm, e não
precisaríamos dos 13 milhões do pPovo de Porto Alegre, pois eles dariam
um jeito, entre si, de resolver o problema. A CARRISarris é um cancro
na aAdministração
que não teêm
dinheiro e que vai dar dinheiro para a CarrisCARRIS. É difícil
entender. Agora, ninguém vai colocar na minha cabeça que os números não são
esses e que são analisados
com a simplicidade que devem ser analisados. A CARRISarris
arrecada dinheiro que deveria ser transferido à Belém Novo e que não faz.
O SR. NELSON CASTAN: É como eu previa, no início, vamos continuar a divergir, o
Ver. João Dib e eu, por muito tempo. Quero dizer, Ver. João Dib, que apoiar a
Cia. Carris Porto-alegrense significa transferir recursos que virão em apoio àa expansão da
frota, das linhas na Cidade, àa
expansão da área geográfica, um melhor atendimento e isso já foi demonstrado,
está aqui o Paulo Müizzel que teve a alegria de inaugurar a Linha T-6. É
verdade que deixamos na CARRISarris
condições favoráveis, mas houve uma definição, uma vontade política e não há
porque não reconhecer isso. Então,
o
que está ocorrendo, e aí justifico meu parecer
favorável, – é
um programa de expansão da Cia. CARRISarris e esses recursos
se destinam a isso. Ao contrário,
as empresas privadas não teêm,
temos que reconhecer essa realidade, as
empresas privadas de transporte não tem esta predisposição, esta vontade de aumentar esta malha de
atendimento., Mmuitas
vezes isso acontece por pressão política, por pressão da base, da comunidade, e a CARRISarris, pela sua natureza de empresa pública, se ela for administrada visando o bem- estar da população, ela expande, ela melhora, ela abrange um
contingente maior de cidadãos de Porto Alegre, abrange um número cada vez maior de habitantes de
Porto Alegre. E não entendo porque este aporte de capital não possa vir, porque estamos
vendo que esstes recursos se destinam para expansão, para mais linhas transversais, para o atendimento da
Restinga.
Então, não vejo porque, pois este terreno que está
a quantos anos sem a utilização deste patrimônio em
benefício da população. Porque impedir que um patrimônio, que é inócuo, um patrimônio que não estáa
sendo aproveitado pela população de Porto Alegre não possa ser vendido e estes valores convertidos em ônibus para colocar novas linhas
transversais, para reforçar as linhas da CARRISarris
que estão num limite, estão esgotadas, precisam de mais veículos. Não podemos adotar
posição que contrariem estes interesses, que são os interesses da
população de Porto Alegre.
Quero fazer, também, outra referêencia,
porque dentro da Administração Popular, no seio das divergências, existem também aqueles que têm opinião
francamente contrária à CARRISarris,
que muito se aproximam da opinião do Ver. João Dib. Ouvi de um companheiro dae
Bancada do PT, não Vereador, mas Assessor, dizendo que a CARRISarris era ineficiente, que tinha um maior núumero
de funcionários por ônibus, que o veículo na manutenção levava um
maior tempo para ser consertado do que
nas empresas privadas. Issto
ouvi de assessores, de pessoas de dentro da atual Administração Popular. Isto tem que ser esclarecido,
são opiniões tecnocráticas, que querem transferir para uma
empresa pública, critérios de eficácia,
critérios capitalistas de competência, critérios capitalistas de eficiências. E nós sabemos que as coisas
não sãoé bem assim, sabemos que dentro de uma empresa pública, por mais rigorosa que ela seja, e teêm
que ser, as relações obrigatoriamente têm que ser diferentes
de uma empresa privada. As pressões sobre o trabalhador, necessariamente, serão diferentes numa empresa pública.
O SR. PRESIDENTE: V. Exª
passará a falar no tempo em que lhe cede a Verª Letícia Arruda.
O SR. NELSON CASTAN: Então, nós temos que
ter muito cuidado a respeito disso, porque uma empresa pública não tem, não deve ter os mesmos critérios
de avaliação de uma empresa privada, por mais austera que seja na sua administração. Eu aproveito e dou um exemplo ao Ver. João Dib,
da história da Cia CARRISarris, quando houve a decisão, eu não sei se foi durante o Ggoverno
do Ver. João Dib, ou antes, de que a Cia. Carris Porto-alegrense,
deveria explorar as linhas transversais na Ccidade
de Porto Alegre., Eesta
idéia foi oferecida aos empresários de ôÔnibus
do setor privado, e eles não aceitaram.
Por quê? Porque, porque é
evidente que uma linha nova demora a dar o
seu retorno, ela é deficitária durante
muito tempo. E os empresários que têm
sua visão de lucro, e é normal que seja assim, não quiseram. Então, coube a Cia CARRISarris explorar as
linhas transversais, que durante anos e anos foram deficitárias. Está aí uma
prova, Ver. João Dib, que a atividade pública neste setor é vital e deve ser apoiada, porque muitas vezes a
população só tem a empresa pública para socorrer, porque os empresários podem
se negar a atender esse tipo de linha. Isso está nos registros da Cia. Carris Porto-alegrense,
foi anterior a minha presença lá. Eu lhe dou outro
exemplo: nós sabemos da situação do transporte na Vila Restinga, hoje, e quem é que está tentando resolver o problema? É a Cia. Carris Porto-alegrense, de
novo, tendo prejuízo. Porque
qualquer empresa que vá trabalhar na Restinga vai ter prejuízo. A CARRISarris está lá atendendo,
tendo prejuízo. Então, é importante, Ver. João Dib, que a gente tenha consciência da globalidade desse problema. Eu concordo com as
preocupações de V. Exª em pegar recurso da Administração Pública que diz ter as suas enormes dificuldades na
Administração Municipal e transferi-los para a Cia
CARRISarris. Agora eu entendo e estou absolutamente
tranqüilo de que para a finalidade que deverão ser aplicados, estes recursos serão extremamente úteis para a comunidade de Porto
Alegre.
O Sr. João Dib: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre,
Vereador, no dia 1º de setembro de 1956,
fui convidado a cuidar do transporte coletivo desta Cidade, e por ele me
apaixonei. Estava
realmente difícil e complicado e eu passei a acompanhar cada coisa que
acontecia ao transporte coletivo. Não é bem verdadeira a afirmação que V. Exª faz e está apenas
dizendo o que ouviu, que os empresários não tenham aceitado a
ffazer as linhas transversais. Mas
tam béem
não importa, mesmo que fosse verdadeira, não tem problema nenhum, a empresa
poderia manter algumas unidades, isto está até em trabalho feito por mim como
Secretário de Transportes, que seria um laboratório necessário para o acompanhamento do tTransporte
na Cidade e saber até estatisticamente os fatos ocorrentes na Cidade. Agora, não tem porque dar expansão a uma empresa que é
deficitária e continuará sendo deficitária e, àa
medida que se expandir, dará mais prejuízo ainda. Então, não tem sentido, de forma nenhuma, e não quero eu dizer que o serviço público não sabia operar., Vveja
o DMAE, empresa pública operando muito
bem, investindo 30% da sua arrecadação na melhoria e na expansão do serviço.
Não sou contrário à empresa pública. Agora, contra a Cia. Carris Porto-alegrense,
desde o começo.
O SR. NELSON
CASTAN: Só para
esclarecer ao Ver. João Dib para que fique claro a
minha posição., Eeu
discordo de V. Exª,
quando afirma que a Cia carrisCARRIS é deficitária. Na época em que
nós estávamos lá, na Administração Collares, a
partir do segundo ano em que a
CarrisCARRIS não recebeu um centavo de repasse financeiro da
Prefeitura. Nós conseguimos equilibrar o caixa; quanto ao ISSQN, nós fazíamos a mesma coisa que o Prefeito Olívio
Dutra está fazendo, propondo a capitalização deste valor, e nos parece extremamente justo, porque estes recursos não foram desviados, não serviram para
qualquer outra coisa, a não ser para o
reinvestimento da frota, reinvestimento integral de tudo o que sobrava, porque nós sabemos, Ver. João
Dib, que as empresas privadas não fazem issto.
Então, issto tem que ficar claro. Então, nós não podemos aplicar os mesmo olhos em situações
que são diferentes, têm essências diferentes.
O Sr. Vicente Dutra: V. Exª me permite
um aparte? (Assentimento
do orador.) Quanto mais escuto mais eu confirmo a posição que tenho defendido
na tribuna. Vejo, aqui, na letra “a”, do art.igo 2º do Projeto de Lei, que prevê o repasse desta importância, que serão compensados créditos tributários do Município, devidamente atualizados, para lhe dizer que a CarrisCARRIS não tem pagos
os seus compromissos tributários com o Município. Eu vejo o Município, o Prefeito
Olívio Dutra, numa
grande liderança nacional, numa grande jornada nacional, envolvendo todos os
Municípios, inclusive os do PDS, para
evitar isenções
tributárias, uma série de vantagens deste tipo. Mas, aqui, inversamente, ele favorece alguém da Casa.
Assim é fácil administrar. O Ver. João Dib faz uma
distinção entre a CarrisCARRIS e o DMAE, porque o DMAE, além de cumprir com todos os seus compromissos, manter eficientemente os serviços, ainda repassa dinheiro para o Município. E a tarifa da água está no padrão das tarifas
do Brasil todo, enquanto que as tarifas de ônibus estão acima da média brasileira.
O SR. NELSON
CASTAN: Se V.
Exª me pergunta se isso é um subsídio, é evidente que é um subsídio. Só que
é um subsídio bem
canalizado. Se nós tivermos a competência de subsidiar aquelas atividades que
dão um retorno social, é um benefício. Estaá
aversão ado subsídio é, novamente, aquele aspecto a que eu me
referi no aparte que V. Exª me
concedeu, aquela ortodoxia privatista, clássica aí do Fundo
Monetário, dos eEconomistas
cConservadores. Eu conheço bem esta discussão
ideológica. Então, não há mal nenhum em
subsidiar, desde que o subsídio traga um retorno positivo para a população de
Porto Alegre. Muita coisa, neste País, deveria ser subsidiada. A escola integral é um subsídio. Deveria ter
leite gratuito. Muita coisa, neste País, deveria ser subsidiada, muito mais do que é. E muitas coisas que são
subsidiadas, que engordam os cofres de empresários, deveriam deixar de ser subsidiadas. Nós temos que saber discernir sobre estas questões.
O Sr. Vicente
Dutra: Vereador,
o discurso de V. Exª
é muito bonito, mas eu perguntaria a V. Exª, quem paga esta quota? Eu quero dar
uma casa para cada um, eu quero dar saneamento básico, quero dar vida condsigna
para todos. É muito bonito falar em subsídio,
quando este dinheiro tem de sair de algum lugar. Agora, eu vejo 400 mil pessoas que vivem da forma
mais desumana possível, e este dinheiro sendo jogado
numa empresa que está demonstrando que é deficitária, que não saber funcionar,
não em conseqüência dos administradores,
mas em conseqüência da própria máquina administrativa.
O SR. NELSON
CASTAN: Eu
gostaria de que o Ver. Vicente Dutra, o Ver. João Dib,
se informassem a respeito da situação da CMTC
de São Paulo, da CTC do Rio de Janeiro e, simplesmente, peguem aquelas duas2
empresas públicas e comparem com a Cia. Carris Porto-alegrense. Eu acho que só estaá
comparação será suficiente para convencer esstes dois Vereadores que é um dos poucos exemplos de
uma empresa que está, razoavelmente, e que merece da população e do Poder Público um voto
de conom fiança cristalizado num Pprojeto
de Llei desta natureza.
O Sr. João Dib: V. Exªa. pPermite
um aparte? (Assentimento do orador.)
Vereador, eu estou preocupado com o Ver. Heriberto Back, que não fez
nenhuma restrição ao pronunciamento e a
colocação de V. Exª, e no seu pronunciamento, hoje, é incoerente com os anteriores, quando ele falava na Comissão das Fichinhas em que V. Exª defendia as empresas privadas.
O SR. NELSON
CASTAN: Ver. João
Dib, nós temos que zelar, aqui, pela verdade. Eu apelo àa boa
vontade e à consideração
de V. Exª e solicito que V. Exª retire ou repense esta informação, que eu não sei se é o Back, mas foi verbalizada por V. Exª de que eu
apoiei as empresas privadas. Eu sempre, desta tribuna fui o maior oponente, o
maior argüidor das posições de V. Exª com relação à CARRISarris. Desta
questão eu nunca abri mão e não tenho porque abrir., Éé uma
questão de consciência e de conhecimento. Então, eu não estou
entendendo a insinuação que V. Exª está
fazendo.
O Sr. João Dib: Eu dou
razão a V. Exª,
quando diz que foi contrário em relação aos meus pontos de vista em relação à CarrisCARRIS. Eu estava falando nos 2,5%dois e meio por cento do ISSQN que as empresas aplicam mal. Quer dizer, agora V. Exª estava falando contra as
empresas e antes não fazia isto, só istosito
que eu disse. Quanto aos subsídios, podem ser dados quando não há outra maneira., Aagora,
a CMTC e a CTC são, exatamente, aquilo que eu tenho evocado como argumento para
que não se amplie a CarrisCARRIS, para que não se faça mais
encampação e intervenção.
O SR. NELSON CASTAN: Somente
ficando a ressalva daquele alerta que eu fiz, daquele pedido e que V. Exª
então veja, compare a situação destas duas empresas públicas com a Companhia CarrisCARRIS. Ao fazer esta comparação V.
Exª passará a me dar alguma dose de razão, não
toda, mas alguma dose de razão.
Só para concluir, Sr.
Presidente, quero registrar, desta tribuna, que a iniciativa, a idéia de vincular estes assuntos à colocação de mais ônibus na
Restinga, esta idéia antes da iniciativa do Ver. Zanella me foi proposta, eu fui consultado pelo
Ver. Luiz Machado a respeito dissto.
Por desconhecimento eu desaconselhei o Ver. Luiz Machado a entrar com esta Emenda. Mas quero,
aqui, deixar de público registrado que a preocupação com a Restinga, para mim, como relator do Processo, chegou,
pela primeira vez, pela voz e atitude do Ver. Luiz Machado. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a
palavra, o Ver. Adroaldo Corrêa.
O SR. ADROALDO CORRÊEA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, pretendo ser breve, apenas para anotar algumas incompreensões que eu vejo no
raciocínio dos nossos oponentes neste Projeto: o Ver. João Dib e o Ver. Vicente Dutra.
O Ver. Vicente Dutra acabou de
dizer, num aparte, que a CarrisCARRIS é bem administrada disse que há, lá, bons administradores. O Ver. João Dib havia dito
que a iniciativa, junto ao DMAE, que investe 30% em serviços é resultado de boa
administração. São comparáveis os serviços, são públicos e prestam serviço à população.
Nós achamos que estaá
lógica tende a nos levar ao reconhecimento do tipo de serviço que está sendo prestado. Alguém aqui já
propôs, aqui em Porto Alegre, a incorporação do DMAE à CORSAN. Alguém em
Porto Alegre já
propôs – eu não recordo, vivo em Porto Alegre desde 1954 – e nem li, anteriormente, que alguém tenha feito a proposição de que o serviço de
abastecimento d’água fosse feito pela iniciativa privada, mas o Ver. Vicente Dutra, propões issto.
Não em relação ao DMAE, em relação a todos os serviços que possam ser prestados pela Prefeitura, no Município, que sejam rentáveis no ponto de vista da realização e mais econômicos pela iniciativa privada, substituindo a iniciativa pública. Nós não concordamos com esta
tese. Esta é uma visão, não privatista do Estado, e´uma visão da sociedade dirigida pela iniciativa
privada que é muito diferente do que a iniciativa privatista, por exemplo, o
qque governou o Brasil, pondo o Estado a serviço dos grande grupos, mas se
utilizando do baixo preçoerco do aço, do baixo preço do petróleo, do baixo preço da energia elétrica, para não
produzii-los diretamente, assim como se
produz a água no Município, que é fornecidas às indúustrias,
às grandes iniciativas privadas, e
não há iniciativa privada em produção de água no Município de Porto Alegre
concorrencialmente. Por que será? Neste
momento eu goastaria de avaliar a seguinte questão. A empresa do
transporte público no Município não é uma
invenção da Administração Popular, ela foi estatizada no momento em que a CarrisCARRIS era internacional, e ela se
manteve mMunicipal nos governos indicados, avalizados
pelo parlamento, sim – havia sim, havia outra alternativa? – nos governos mMunicipais
da Ditadura Militar e se manteve como
empresa pública em expansão crescente, aumentando suas linhas e suas inserção neste período. Obviamente, não é uma invenção da Administração Popular, mas uma essência tem que ser
anotada. As linhas T ampliaram as suas capacidades de prestação de serviços, a frota nesse
ano e nos três anos anteriores foi ampliada em 150 ônibus na renovação. Só essa renovação dos últimostítulos quatro anos significou mais do que toda a iniciativa privada do setor no período. Constituímos a linha T-6 neste
ano, temos para prestação de serviços a Restinga, uma locação provisória para os ônibus que estão
prestando o serviço da deficitária Belém Novo, na Restinga, ônibus que não são deslocados absurdamente, como foi anotado aqui, que seria um
crime, da garagem da SOPAL, diariamente, para o atendimento das linhas Belém Novo, mas que se
encontram lá, provisoriamente,
até a extensão definitiva da CarrisCARRIS ou de outra empresa para
atendimento dae falida e sucateada Belém Novo, da iniciativa privada.
Assim uma expansão que precisa ser financiada desde o interesse público, não
desde o interesse do lucro. Este interesse público está na empresa municipal, com
certeza, como esteve na administração, na passada, e como esteve, quero acreditar e louvável teria
sido, nas administrações anteriores que mantiveram a Carris
CARRIS
como empresa pública.
Ou não é? Se ela cresceu, se constitui como alternativa de serviço e melhora a sua qualidade
de serviço. O Ver. Vicente Dutra tem uma contradição com seu colega de Bancada, Ver. Leão de Medeiros, que apresenta uma
proposição na Comissão de Orçamentos, Tributos e Finanças, de isenção do Município ao Estado. “Toda
a obra pública que se
realizar no Município, seja da União ou do Estado, estará isenta de ISSQN”. Então, o subsídio do Prefeito
à Carris CARRIS se assemelha à proposição do
Ver. Leão de Medeiros, que tem
divergência do Ver. Vicente Dutra, mas pertencem à a mesma
Bancada.
Então, encontrar razão outra que
não a do serviço
público, a melhoria da qualidade da prestação dos serviços público, na Ccidade,
pela exigência que faz a população não
só na Restinga – por isso somos contra a Emenda do Ver. Artur Zanella – mas em
toda a Cidade para renovação da frota e
melhoria da qualidade das linhas e de extensão das linhas, é encontrar chifre
em cabeça de cavalo. A empresa precisa ser ampliada na sua capacidade de
investimento. Não estamos cobrindo
déficit, estamos ampliando os investimentos. Isso se trata de investimento na CarrisCARRIS. Ninguém pode dizer que é cobertura de déficit
porque as linhas estão aumentando. A T-6 explica isso. A Carris
CARRIS
está atendendo a
Restinga, parcialmente,
em função de que a Belém Novo desiste da operação, issto é
verdade e é investimento. Se isto é
investimento não pode ser compatibilizado nas
colunas das perdas, ou das percas, como
diria o meu candidato
àa Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva, porque a população assim entende, e assim repete, e assim conm firma
o s
eu voto.
(Aparte anti-regimental.)
No meu entendimento, se explica
como capacidade ampliada de investimento esse repasse de um próprio municipalípio
e, mais ainda, justifica a Emenda do Ver. Flávio Koutzii que, enquanto Líder dae
Bancada do PT, corrige o valor nominal de um terreno que está
sendo avalizadovalorizado para que este valor não perca
em seu potencial ao final, nem a capacidade de repasse àa
integralização do capital. Nos parece
correto que isso, finalmente, venha a ser apontado como iniciativa a receber o apoio de todos
quantos Vereadores escutaram este debate, finalmente, eo
leram o projeto e entendem o transporte
coletivo em Porto Alegre. E nós
gostaríamos de salientar uma questão, , menor do ponto de vista de alguns, mas para nós
extremamente importante: durante três3 ou quatro 4 anos, os diretores da VAP e da NORTRAN, empresas privadas do transporte coletivo, foram solicitadas pela
comunidade da Vila Safira e do Parque Rubem Berta a estender 150 m cada uma, as suas linhas,
para dentro desses núcleos
de moradia, para cruzar os bairros na saída de
alguns horários pela manhã. Nenhuma das empresas, para não gastar os 150m ou 300m ano
final, quis fazer esta extensão. São empresas
privadas que se relacionam com a comunidade da Zona Norte, com uma capacidade
de pegar os passageiros que iam ampliar os seus ganhos. O que temos em relação a isso? Que nesse governo, há seis6
meses, nós constituímos esta possibilidade de intercruzamento no Bairro, mas
por pressão da comunidade por decisão e
vontade política da Prefeitura que impôs aos operadores particulares as
extensão das linhas
para dentro, sem qualquer prejuízos
para as empresas, até ampliando a sua capacidade de
transportar os passageiros e deles obterem o custeamento do serviço.
O Sr. Vicente Dutra: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Vereador, no início da sua alocução, V. Exª falava que eu havia dito que a CarrisCARRIS tem bons administradores. Até
nem sei se teem bons administradores. Acredito que sim, até porque vejo lá o Dr. Paulo Müzzel e ele foi
treinado no Ggoverno do PDS, então ele deve ser um excelente
administrador e sem qualquer ironia,
acho que as administrações colocam, exatamente, nestas empresas públicas os bons administradores para fazer os
milagres que estão tentando fazer. Se não tivessem bons administradores lá, o rombo não seria de 13 milhões e 500 mil, seria de 50 milhões. Então, o máximo que eles
conseguiram foi retirar essa sangria violenta aqui do Município, que é violenta
com boa administração
e tudo, porque é uma empresa pública, só por isso. Empresa pública não funciona
bem, aqui, e nem em lugar nenhum. Agora, o DMAE funciona bem, é o contrário,
em vez de tirar 13 milhões e 500 mil da Prefeitura, está
dando dinheiro para a Prefeitura, como sempre.
O SR. ADROALDO CORRÊEA: V. Exª já expôs esse conteúdo no seu pronunciamento e em diversos apartes e gostaria
de dizer que não há ninguém que seja
ser humano treinado, as pessoas aprendem e constituem o seu patrimônio de conhecimento num aprendizado social e
coletivo.
O Sr. Nelson Castan: . V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Adroaldo, eu fico satisfeito por participar e
presenciar todo esse encaminhamento favorável ao Projeto de Lei do
Executivo eu
gostaria de ressalvar um aspecto, falando para V. Exª ,
que me concedeu o aparte, e para os Vereadores Back, Dib e Vicente Dutra dizendo
que o apoio à Cia
CarrisCARRIS é a forma mais eficaz, do ponto de vista do
interesse público, de conduzir o transporte coletivo em Porto Alegre, porque nós sabemos das
dificuldades que representam intervenções e encampações e essas dificuldades
são, também, reconhecidas por muitos integrantes do partido de
V. Exª que,
infelizmente, se viram envolvidos nesse processo e quanto mais o tempo passa,
maior é a dificuldade de saída honrosa. Então, fica aqui registrada a minha posição,
coerente sempre, de que uma forma de contestar o poder das empresas, que sempre colocam esses empecilhos, como V. Exª
falou, em prolongar pequenos
prolongamentos de linha,
a oposição maior a essa força, para que o Poder Público possa veicular, possa
representar os interesses da comunidade, que quer essas melhorias de serviço, o caminho de pressão está
aí: é o fortalecimento da Cia Carris.CARRIS.
O SR. ADROALDO CORRÊEA: Agradeço
a V. Exª pelo aparte. Gostaria
de concluir com a seguinte frase: o objeto do nosso discurso foi de que esse é
um investimento e não deve ser contabilizado na coluna das perdas. Muito obrigado.
(Revisto
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Próximo
inscrito é o Ver. Elói Guimarães.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, temos algumas informações a respeito do sistema do transporte coletivo em
nossa Cidade, não apenas por termos tido a oportunidade de estarmos à frente da Secretaria Municipal dos Transportes, na Administração do Prefeito Collares, mas por termos nos dedicadoa a
essa complexa atividade. Já tive a
oportunidade de fazer um diagnóstico da questão do transporte, a partir da
Administração Popular, estabelecendo e detectando ali os equívocos cometidos pela referida Administração.
Entendemos que o transporte em
nossa Cidade, a questão tarifária e “n” questões envolvendo o transporte coletivo, esteve muito ao sabor da
ideologia. Havia um discurso do Partido dos Trabalhadores que teria que ser implementado, e,
ai, é que se coloca o equívoco.
Por outro lado, não podemos deixar de reconhecer, hoje, um grande esforço que é feito pela Administração
Popular no sentido de corrigir os rumos que vinha adotando no que toca ao
transporte coletivo.
Ver. João Dib,. estamos diante – e acompanhei atentamente
o pronunciamento de V. Exª, e V. Exª
tem muita razão na dissertação que faz, peca na conclusão de um fato de
fundamental importância ao próprio sistema do transporte coletivo de Porto Alegre. Se V. Exª bem deduz os argumentos concluindo pelos equívocos cometidos, na questão da conclusão é que V. Exª deixa a desejar,
porque além do Governo, depois do Governo vem o povo, que é exatatremamente
o destinatário do serviço
público, do transporte coletivo em nossa Cidade. Negar-se à Cia
CarrisCARRIS este aporte,
vai criar, e sabe bem V. Exª, detentor que é de todas as informações, nós
vamos ter um impasse muito sério, porque a Cia. Carris Porto-alegrense pelos equívocos cometido ao início da Administração, que
hoje os procura corrigir. Nós temos tido a oportunidade de conversar com o novo
Secretário que faz um esforço enorme para estabelecer correções, e a próopria
Administração, que começou a fazer uma análise a respeito do transporte
coletivo. Nós estamos diante de uma situação que não temos outra alternativa se não autorizarmos este recurso,
este aporte, com as considerações à margem, para que a Administração Popular, a sua Bancada, recolham este conjunto de
subsídios para que daqui para frente procure colocar o trem, o bonde nos
trilhos.
O Sr. João Dib: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, a minha conclusão estava
correta, t
em um livrinho, aqui, que diz: “todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido”. Então, o povo vem antes que o governo. Esta é a ilusão de todos, defender
os interesses do povo
tem que também saber fazêe-lo.
Para que se possamos defender os interesses do povo não se pode gastar, desnecessariamente, 13 milhões de cruzados, de um governo que não tem
para pagar funcionários, vai ter que pagar o 13º na SOPALopal,
na Trevo e não vai ter. Defender interesses do povo é um pouco mais complicado.
O SR. ELÓI GUIMÃRAES: Quando
disse que depois do Governo vem o povo, é no sentido de afirmar que o Governo faz,
exatamente, a intermediação ou a alocação de recursos. Ele apenas administra atender
determinadas atividades que não são outras senão a necessidade de prestação de serviço à população.
Então, Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, nós já tivemos a oportunidade, reiteradamente, de em debates
travados nesta tribuna, nos meios de comunicaçãoões, detectar os
equívocos cometidos pela Administração Popular. É um fato que hoje é público e notório os equívocos
cometidos, e
neste sentido esforçar-se a Administração Popular em corrigir, em fazer uma
correção de caminho. A questão da tarifa, por exemplo, veja que nós estamos num processo de reajuste
tarifário, o que fazíamos antes. Eu digo a V. Exª que ninguém foi mais criticado pelo PT, do que este Vereador, quando
pegou uma das piores crises deste País, quando
tivemos um verdadeiro descompasso na
economia, logo após o Plano Cruzado.; Rreteve-se
durante todo o Plano Cruzado os reajustes, depois solicitou-se.
E eu fui amplamente criticado em função da tarifa,
porque a tarifa é uma questão de cálculo, não é questão de discurso. E hoje as tarifas se reajustam. E dizia no início do ano, nos primeiros reajustes
que fazia a Administração Popular, até
estranhava que não se reajustava antes as tarifas, já que é uma questão econômica.
Eu quero colocar da tribuna,
um déficit apresentado nos
sistema, exatamente porque tse tentou segurar a tarifa. Então isso aí é uma forma, que se tratando-se
de empresa pública,
não pode acontecer, porque a questão tem que ser colocada com frieza em termos
reais. E dizia, na oportunidade, quando tecíamos as críticas cifras
à Administração Popular, de que é preciso afrontar na antipatia popular. O administrador tem que se expor. Nesse aspecto,
faltou àa Administração
Popular isso, mas não podemos deixar de reconhecer o esforço que vem fazendo a Administração Popular para acertar os passos. Os
governos têm as suas políticas, ora
erram, ora acertam.; Nna
questão do transporte coletivo saiu-se muito mal a Administração Popular, que agora procura acertar. Mas a
questão do aporte é fundamental, porque a CarrisCARRIS, em face do quadro que se criou
na Cidade de Porto Alegre, ela está socorrendo determinados setores em déficit
na Cidade. Ela
procura implementar determinadas áreas da Cidade de Porto Alegre.
O Sr. João Dib: V. Exª
permite uma aparte? (Assentimento do orador.) Em
breve deveremos votar um Projeto dando dinheiro para a CarrisCARRIS, o dinheiro da Belém Novo, com
o qual ela tem-se locupletado, porque na Justiça a Belém Novo já está e acho que ela vai
ganhar.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Encerro,
vamos votar favorável
à matéria, porque entendemos que esse recurso é fundamental para que a empresa continue
sobrevivendo, embora deixemos à margemns
essas considerações que se nos afiguram fundamentais ao entendimento dessa
importante questão que é o transporte
coletivo na Cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a
palavra, o Ver. Luiz Machado.
O SR. LUIZ MACHADO: Sr.
Presidente e Srs.
Vereadores, somos favorável ao Projeto enviado à
Câmara, projeto enviado do
Governo Olívio Dutra, sobre ao aumento de capital
para a CarrisCARRIS. Primeiro, porque o bairro que este Vereador representa é, verdadeiramente, para não dizer agora, mas há 10 ou 12 quinze
dias atrás, antes da CarrisCARRIS chegar lá, era o caos.
Portanto, não se pode, de forma nenhuma, numa hora em que o Governo que, num aumento de
capital, tentar resolver, amenizar o problema de transporte dae
nossa Cidade, na Zona Sul,
principalmente no Bairro Restinga, que
este Vereador viria aqui ser contrário a isto. Mas, eu quero,
primeiro explicar a Emenda deo
Líder, do Ver. Artur Zanella, que ele
encaminhou, hoje, portanto não passou pelo
Protocolo, encaminhou
à Mesa, tendo o direito assegurado pelo Regimento Interno, sou favorável., Ssó
que este Vereador, na semana passada, procurou o Projeto na mão do Relator, Ver. Castan, e coloquei a ele a
viabilidade de encaminhar uma Emenda, para que pudesse colocar, pelo
menos, o Executivo no sentido da responsabilidade com a Vila Restinga, no que tange a garantir mais ônibus, novos, é claro, além dos que
já estão lá. Ele disse
que não era viável,
e que o Governo poderia argüir a inconstitucionalidade dessa Emenda, porque não
pode obrigar, e é matéria do Executivo. E eu, embora acompanhando o
Ver. Castan, não fiz a Emenda, embora defenda a mesma, porque
no momento em que se fala no Bairro Restinga,
estamos falando nos interesses da nossa comunidade, e eu estou sempre ao lado.
Quero, também, dizer que no longo curso entre a Restinga
e o Centro da Cidade,
são 28 km, precisamos de ônibus em condições,. pPois até mesmo, atualmente, com todo o atendimento,
que melhorou, no mínimo,
60% o atendimento àquela população, nós
vimos que continuam quebrando os ônibus, pois os que lá estão são muitos
velhos, e o percurso é muito longo da Restinga até o Centro e vice-versa. Então, esses
atendimento à CARRISarris, concedendo aumento dee
capital àda mesma é uma obrigação, um dever, pois temos que dar condições para que possamos cobrar do Executivo um
atendimento melhor, que venha viabilizar um transporte digno para nossa gente, e para que não sejam conduzidos, como muitas vezes foram, como verdadeiros animais, porque ônibus com capacidade para 97
passageiros chegaram a carregar 130. Então, issto
traz para nós uma responsabilidade, porque,
há poucos
mais de 30 dias, atrás,
vim a esta tribuna e pedi socorro para o transporte da Vila Restinga, porque, a cada 10 ônibus, um
quebrava na saída dda
garagem até o fim da linha. Logo após, vi a notíicia
no jornal do Prefeito anunciando que os ônibus da CarrisCARRIS e das empresas sob intervenção chegariam à Restinga. Eu,
verdadeiramente, tenho que olhar, Ver. Dib, o atendimento à população, venha de onde vier. Se nós ficarmos na questão legal
ou política, somente, não vamos ter o atendimento à população e seremos cobrados, porque, até pouco mais de 10 dias atrás,
todas as pessoas que falavam com este Vereador era sobre transportes, sobre o péssimo transporte. Nós queremos a solução. O
Governo está oferecendo um aumento de capital da Carris, CARRIS para atender à demanda do
transporte da Restinga, então, este Vereador apóia isto.
O Sr. João Dib: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Este Vereador já fez a Declaração de Voto, e o Ver. Vicente Dutra junto comigo, e termina
dizendo o seguinte: “Aa hora é de profunda reflexão”. Esta foi a razão de todo o debate e não é assim
que qualquer que seja a solução é uma solução. Existe a solução boa e a solução
ruim e a que está sendo
pleiteada por V. Exª ainda não é proposição do Executivo. É uma Emenda do Ver. Zanella, que poderá ser
vetada pelo Sr. Prefeito. Mas, V. Exª, como
morador da Restinga, como defensor dos interesses do bairro, tem toda a razão para fazer o
seu posicionamento, mas não pode
esquecer, como representante do povo de Porto Alegre – e o momento é de
profunda reflexão – s eráa que
a Cia CarrisCARRIS serve aos interesse do povo de
Porto Alegre? Será
que a Cia Carris Porto-alegrensCARRISe deva ser ampliada como pretende o Executivo Municipal e aí
está toda a minha restrição. Eu mesmo
disse no meu pronunciamento que eu, no mínimo, por duas vezes havia encaminhado recursos à CarrisCARRIS, portanto eu não estava
criticando o recurso e sim mas a encampação, a intervenção e a desorganização do transporte
coletivo da Cidade.
O SR. LUIZ MACHADO: Ver.
João Dib, gostaria de colocar o seguinte: eu sou pela iniciativa privada, sempre fui, mas não vou cortar, jamais, o direito do crescimento da CarrisCARRIS, de forma nenhuma. É uma empresa pública, de forma,
nenhuma eu vou tolher. Agora, quero dizer que sempre fui favorável à iniciativa privada porque sou um homem de iniciativa privada. Sou um
pequeno empresário. Eu não vou procurar, como disse aqui o Ver. Adroaldo Corrêa, procurar guampa em cabeça de
cavalo. Eu não vou procurar, agora, saber se tem problema, a, b, ou c, jurídico entre a Empresa Belém Novo e a Prefeitura, eu
quero é solução. A
solução está sendo apresentada com aumento de capital. Para eumim
poder cobrar do governo atual eu tenho que votar o aumento de capital, depois
cobrar.
O Sr. Elói Guimarães: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) É de tal complexidade o transporte coletivo de Porto Alegre, em qualquer Cidade, tem tal relevância, Ver. Luiz
Machado, – e o diagnóstico, em Porto Alegre,
não é bom – que o Executivo Municipal, veja V. Exª, deverá, isto nós vamos desenvolverresolver futuramente, sentar na mesa com o Legislativo para
uma grande discussão no sentido de estabelecer os rumos dos
transporte coletivo na Cidade de Porto Alegre.
O SR. LUIZ MACHADO: Agradeço
a V. Exª que veio enriquecer o meu
pronunciamento e dizer que, verdadeiramente, o Bairro Restinga, os demais bairros da Zona Sul de Porto Alegre,
onde no curso do Bairro até o Centro nós vimos o mau atendimento à população
nos últimos tempos, em termos de transporte. O que vamos fazer, o governo nos apresenta uma
saída, um aumento de capital para a CarrisCARRIS para aumentar a frota e.
E para aumentar os ônibus.; Aagora,
se este dinheiro não for para isto, aí fica a
cargo da Câmara fiscalizar este capital,
que chegará aos cofres da CarrisCARRIS para o cumprimento do dever. Para mim, eu defendo o Projeto e acho que a nossa saída será esta, com o aumento de capital para a Carris CARRIS e depois obrigar a cumprir, no mínimo, o melhor do transporte para a Cidade. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a
palavra o Ver. Flávio Koutzii. Desiste. Ver. Heriberto Back.
O SR. HERIBERTO BACK (Questão de
Ordem): Eu vou
desistir também, mas não sem dizer que vou aguardar para outra oportunidade de respostas às provocações do Ver. João Dib, para não atrasar mais
o trabalho, porque esta é uma discussão que vai longe.
O SR. PRESIDENTE: Encerrada
a discussão. Solicito ao Sr. 1º Secretário que proceda à chamada nominal dos
Srs. Vereadores para uma verificação de “quorum”.
O SR. 1º SECRETÁRIO: (Procede
à chamada nominal dos
Srs. Vereadores.) Há “quorum”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE: Há
“quorum” para votarmos. Em votação o Projeto. Os Vereadores que o aprovam o
Projeto permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO., cContra os votos do Ver. Vicente Dutra e do Ver. João
Dib.
Em votação a Emenda nº 001.
O SR. ARTUR ZANELLA: Sr.
Presidente, requeiro votação nominal para a Emenda nº 001.
O SR. RPRESIDENTE: Em
votação o requerimento do Ver. Artur Zanella. Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Solicito ao Sr. Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação da Emenda nº 001.
O SR. SECRETÁRIO: (Procede
à chamada nominal e colhe os votos.) Sr. Presidente, 13 Srs. Vereadores votaram SIM e 12
votaram NÃO.
O SR. PRESIDENTE: APROVADA a
Emenda nº 001.
(Votaram SIM, os Srs. Vereadores Airton
Ferronato, Artur Zanella, Cyro Martini, Edi Morelli, Elói Guimarães, Ervino
Besson, Isaac Ainhorn, Jaques Machado, Leão de Medeiros, Letícia Arruda, Luiz Machado,
Nelson Castan, Vieira da Cunha. Votaram NÃO os Srs. Vereadores Décio Schauren, Flávio Koutzii,
Gert Schinke, Giovani Gregol, João Dib, José Alvarenga, José Valdir, Lauro Hagemann, Vicente
Dutra, Adroaldo Corrêa,
Heriberto Back e Antonio Losada.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação a Emenda nº 002. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADA contra
os votos dos Srs.
Vereadores João Dib, Vicente Dutra e Leão de Medeiros.
Solicito ao Sr. Secretário que proceda àa
leitura da Declaração de Voto assinada pelos Vereadores João Dib e Vicente Dutra.
O SR. SECRETÁRIO: (Procede
àa leitura.)
“Declaração de Voto:
Votei contrariamente e com muita apreensão ao
Projeto de Lei do
Executivo que dá recursos à CarrisCARRIS, cerca de 13 milhões de cruzados de acordo com a Emenda proposta.
A Câmara, ao aprovar, deu alento a uma empresa que deveria ter sobras de recursos, eis que cobra tarifas muito acima dos cálculos tarifários. A tarifa em
Porto Alegre é sSoocial. Quem arrecada a mais deveria transferir para
quem arrecada menos.
A Carris
CARRIS
deveria ajudar a
manter a linha da Restinga com os recursos que retém, indevidamente, e acredito que em breve a justiça comprovará esta afirmação e, no entanto, estará recebendo recursos do povo sacrificado.
Uma viagem na Restinga, de ida e
volta, representa
um percurso de mais de 60 km para transportar não mais de 120 passageiros, e no caso da CarrisCARRIS, na Auxiliadora, com a mesma quilometragem são transportados não
menos de 600 passageiros.
No primeiro caso se arrecada 204
cruzados novos e no segundo 1.020 cruzados novos.
Além de ficar com o
dinheiro, que pertence a outras organizações, ainda vamos premiar a empresa do Município, como sempre tem sido feito, com mais recursos.
A hora é de profunda reflexão.
(aa) João Dib e, Vicente
Dutra”.
O SR. PRESIDENTE: Sobre a
mesa Requerimento de autoria do Ver. Décio Schauren, solicitando seja o PLE nº 043/89 dispensado de distribuição em avulsos e
interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
PROC. Nº 1744/89 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
087/89, de
autoria do Ver. Cyro Martini, que amplia, no sentido leste, os limites do Bairro Partenon. Com /Emenda.
Pareceres:
- da CJR. Relator
Ver. Clóvis Brum: pela
aprovação do Projeto,
com Emenda nº 001;
- da CUTHAB. Relator
Ver. João Dib: pela aprovação do Projeto, com Emenda nº 001.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação a Emenda nº 001. Os Srs. Vereadores que ao
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 002. Os Srs. Vereadores que ao
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Sobre a mesa Requerimento de
autoria do Ver. Cyro Martini, solicitando seja o PLL nº 087/89 dispensado de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada
nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Estão encerrados sos trabalhos.
(Levanta-se
a Sessão às
14h11min.)
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